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De cientista e engenheiro a parlamentar e empreendedor

Arolde de Oliveira soma dezenas de realizações que merecem ser conhecidas, já que sua vida não foi construída apenas na política

Virgínia Martin - 13/08/2018 14h00 | atualizado em 14/08/2018 10h54

Arolde de Oliveira é conhecido por muitos. Até porque possui uma história de mais de três décadas na área política. O que muitos talvez não conheçam é o que há por detrás desse homem público, e como seu currículo na área de telecomunicações e sua formação profissional contribuíram para que o parlamentar se tornasse bem-sucedido em vários projetos. Afinal, ele foi responsável pela entrada do sistema de comunicação por celulares no Brasil, pela redação de muitos textos da Constituinte de 1988, com inclusão de capítulo sobre comunicação e liberdade de imprensa. Casado há 57 anos e deputado federal por nove mandatos, Arolde de Oliveira conta um pouco sobre sua história de vida e suas realizações como empreendedor, visionário, político, cientista, empresário e pai de família.

No que sua infância mais influenciou para que o senhor se tornasse quem é hoje?
Eu vim de uma família pobre. Mas meu pai nos estimulava a estudar e a trabalhar. Desde pequeno, eu inventava o que fazer. Eu via oportunidades. Certa vez, combinei com os vizinhos sobre fornecer ovos e legumes frescos para eles. Eu entregava e ganhava meu dinheirinho. E ainda comprava picolé para meus amigos. Eu era muito feliz.

Também trabalhei como engraxate. Minha cidade, São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, era forrada de terra vermelha e engraxar sapatos era quase fundamental. Um dos comerciantes locais me ajudou e investiu na compra do meu material de trabalho. Com o lucro, ainda devolvi o dinheiro do investimento para ele.

Costumo dizer que eu era o menino pobre mais rico da cidade. Eu ganhava tanto que ajudava os outros. Até que um dia, um vizinho alemão passou a desconfiar de mim, achando que eu roubava de alguém para ter aquele dinheiro. Ele fez uma auditoria na minha vida e descobriu que eu tinha minhas próprias fontes de trabalho. Passou a me ver como exemplo. Creio que tudo isso me preparou para a vida que eu conquistaria.

A experiência acadêmica lhe forneceu variadas competências. Como se deu esse desenvolvimento?
Tudo começou quando ingressei na Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre. Depois fui para a Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, Rio de Janeiro, onde cursei Engenharia de Combate. Dois anos depois, em 1960, fui para o Instituto Militar de Engenharia, na cidade do Rio de Janeiro, e lá cursei Engenharia Eletrônica. Foi um período de grande aprendizado. Pude conviver com pessoas de elevado nível de conhecimento. Todo aquele ambiente aguçou minha curiosidade científica.

Prossegui fazendo pós-graduação em áreas correlatas. Estudei Física Quântica, Matemática Moderna, Engenharia Econômica e cursei também Ciências Econômicas na Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro. Em 1982, também fiz a Escola Superior de Guerra.

A bagagem acadêmica me deu muita solidez para encarar a vida profissional. Como militar, exerci variadas funções e participei de projetos científicos. Mas em 1967, pedi demissão do Exército e comecei a atuar na área executiva.

Em 1960, no Rio de Janeiro, Arolde ingressou no Instituto Militar de Engenharia (IME)

Foi quando surgiu a oportunidade na área de comunicação. Em que atividades se envolveu nesse segmento?
Saí do Exército porque surgiu a oportunidade de iniciar uma carreira executiva na Empresa Brasileira de Telecomunicações, a Embratel. O Plano Nacional de Telecomunicações estava sendo estruturado e tive o privilégio de ser um dos primeiros engenheiros a ingressar nessa fase. A partir daí, fiz uma carreira técnica e científica dentro da Embratel. Em seguida, migrei para a área executiva dentro do setor de Telecomunicações, participando de todas as decisões importantes na década de 70.

Como diretor de Engenharia da Embratel, passei a morar nos Estados Unidos a fim de integrar a representação junto à Organização Internacional de Telecomunicação por Satélite, a Intelsat, que fazia toda a comunicação global via satélite. Era composta por 105 países membros e eu representava o Brasil como governador da instituição. Foi um período muito produtivo, não apenas como executivo e administrador, mas também como técnico e engenheiro na área de telecomunicações. Até porque estava acontecendo a mudança de tecnologia de um tipo de satélite geoestacionário para outro tipo. E eu participei intensamente dessa transição.

E pude conviver com as grandes administrações internacionais de todos os países na área de telecomunicações. Também foi importante para a minha família, que pode viver nos Estados Unidos e assim tive o privilégio de ver meus filhos se tornando fluentes em inglês.

E como aconteceu a volta para o Brasil e o ingresso na área política?
Cheguei ao Brasil decidido a me candidatar a deputado federal. Meu principal objetivo era entrar na política a fim de privatizar o setor de telecomunicações. Eu já havia visitado muitas administrações em mais de 30 países e sabia o que funcionava bem, principalmente dentro do sistema privado. E nosso setor estava em fase de decadência financeira.

Na votação do Impeachment do Presidente Fernando Collor de Mello, quando Arolde votou a favor

Fale sobre sua fé cristã.
Conheci o Evangelho de Cristo por meio das mensagens do pastor Nilson do Amaral Fanini, que conheci no curso da Escola Superior de Guerra. Passei a frequentar os cultos na Primeira Igreja Batista de Niterói (RJ). E viver segundo o Evangelho foi o marco mais importante em minha vida. Desde então, meu compromisso maior foi sempre com o Reino de Deus, tanto na vida pessoal, como nas instituições em que tive influência. Todos os projetos da MK, por exemplo, têm o compromisso, acima de tudo, com o Reino de Deus.

O senhor teve significativa participação na elaboração da Constituinte de 1988. Que ações desenvolveu?
No meu afã de privatizar o setor de comunicações, achei que iria fazer isso no primeiro mandato. Ledo engano. Não foi possível. Resolvi me dedicar à elaboração da Nova Constituinte. E me preparei durante dois anos. Afinal, eu vinha de outra área. Sempre fui engenheiro, quase um cientista e tinha pouca familiaridade com a área de Direito. Passei a estudar Direito Constitucional e me engajei para estar apto a conversar com pessoas mais entendidas no tema. O esforço valeu muito.

Achei que poderia introduzir a privatização das telecomunicações na nova Constituição e também não consegui. A esquerda era muito forte e ainda estava muito machucada com suas derrotas. A primeira, em 1935, com a Intentona Comunista e depois com a crise em 1964. Eram muito radicais.

Foi quando fiquei um ano fora do meu primeiro mandato e assumi a vice-presidência da Empresa de Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro, a Telerj. Desenvolvemos inúmeros projetos como a telefonia comunitária. O mais importante, porém, foram os estudos para escolha do sistema para telefonia celular. Existiam duas possibilidades: um sistema era integrado em uma única transmissão, mas era muito limitado. O outro era em células, que é o sistema utilizado hoje no mundo inteiro.

Em 1989, com a queda do muro de Berlim, todo aquele discurso da esquerda ruiu. E assim pudemos transformar o país em um estado mais liberal, privatizando certas empresas. Nos primeiros anos da década de 90, fizemos a privatização. Na Câmara dos Deputados, fui o polo de coordenação de todas as atividades em conjunto com o Ministério das Comunicações, ao lado do ministro Sérgio Mota, o grande artífice de toda essa transição, cuja memória não deixo de reverenciar.

Charge para o periódico Dois Pontos, em 1989

Então, o senhor foi um dos principais responsáveis pela utilização do celular pela população brasileira?
Foi difícil, mas foi feito. Na época de luta pela privatização das telecomunicações, o grupo da esquerda não queria que o telefone celular fosse considerado serviço público de telecomunicações. Eu defendia que não existe serviço mais público de telecomunicações do que celular. Afinal, está no bolso do cidadão. Então, fizemos a lei que abriu o setor para a privatização e que permitiu abrir faixas de comunicação para o celular de forma privada. A esquerda acabou perdendo seus argumentos, já que a transição não apenas gerava milhares de empregos, como facilitava a comunicação entre as pessoas.

Ainda na Constituinte, tivemos a oportunidade de criar um capítulo especial para a Comunicação Social, a partir do artigo 220, que fala sobre liberdade de imprensa, censura, propaganda comercial, regulamentação sobre faixa etária etc.

Nessa evolução, como homem visionário, como surgiu a MK? Um grupo de comunicação que se tornou forte e qualificado ao longo de 30 anos?
Quando voltamos dos Estados Unidos, enquanto me engajava na política, minha esposa Yvelise, que sempre teve espírito empreendedor e comercial, iniciou um trabalho na área de moda com produção de peças de moda praia. A partir de 1980, ela implantou uma fábrica chamada Yvelise Confecções e empregou centenas de costureiras. Em 1990, quando Collor assumiu o governo e abriu os portos do país e os “tigres asiáticos” passaram a impor uma concorrência desleal, achamos que era hora de encerrar a empresa.

Ainda em 1985, um acontecimento inusitado mudou nossos caminhos. Eu e Yvelise fizemos bodas de prata e comemoramos com um culto na Primeira Igreja Batista de Niterói. E Marina, nossa filha, cantou na cerimônia. Ali, seu talento para música foi revelado. Foi quando resolvemos abrir uma empresa em 1987, criada apenas para vender os LPs da Marina, e demos o nome de MK.

Somente em 1992, quando compramos a rádio 93FM, é que tomamos a grande decisão de transformar a pequena MK em uma empresa profissional, colocando-a à disposição da criatividade intelectual e musical do meio evangélico. E o fechamento da fábrica de moda praia em 1990 nos ajudou a fazer essa transição e esse empreendimento.

Contratamos profissionais da melhor qualidade, fizemos contratos artísticos e de direitos autorais. Investimos e não nos arrependemos em nenhum momento. Hoje sabemos da importância que foi a MK para a profissionalização no setor de música gospel.

Nos estúdios da rádio 93FM, nos anos 90 Foto: Divulgação

E como teve início a rádio 93FM, segunda do ranking do Rio de Janeiro, no segmento gospel?
Nós compramos a rádio em 1992. Ela era uma concessão do ano de 1983, fornecida a um empresário pelo então presidente Batista Figueiredo. Anos depois, outro empresário chamado Edson Domingues, já falecido, comprou essa concessão e instalou a rádio, mas em caráter precário. Desta forma, havia um grande risco da concessão ser perdida. E Domingues me perguntou se eu tinha interesse em comprar.

Só que eu nunca pensei em ter uma concessão de rádio. Eu mesmo já tinha feito centenas de concessões de rádios no Brasil por causa de minhas funções anteriores, trabalhando à frente do setor de telecomunicações. Até como diretor da Dentel eu havia feito estudos e projetos para concessão dos canais. Então, nunca pensei em fazer isso, principalmente porque me considerava suspeito diante da possibilidade de conseguir um canal para mim mesmo. E nunca o fiz.

Quando surgiu essa oportunidade, a legislação permitia uma transferência direta das cotas. Assim, eu e Yvelise vendemos um sítio em Teresópolis e compramos a rádio, o que consta em contrato social.

Foi assim que a rádio passou para nosso nome. Chamava-se Rádio Nacional e mudamos para Rádio El Shaday. E na noite do dia 25 de maio de 1992, mudamos a programação de conteúdo popular para um conteúdo voltado ao público evangélico. E assim começou a história da 93FM.

Esses novos caminhos fora da área política receberam influência de sua experiência como empresário, visionário e empreendedor. Como aconteceu essa sua contribuição no segmento evangélico?
Na minha juventude aprendi que “é preciso comandar curto, prevendo o longo”. É preciso ter sempre um rumo, pensando no futuro. Devo dizer que não foi difícil conduzir a MK com a Yvelise. Porque a empresa estava dentro da minha área de expertise, fazia parte da minha área de tecnologia da informação e de comunicações. Eu podia não dominar operacionalmente, mas dominava conceitualmente. E isso facilitou muito.

Música é produção intelectual, é conteúdo. E tudo o que é conteúdo tem que ser levado por algum meio às pessoas. Mas além da gravadora, fomos criando vários produtos, desde o jornal El Shaday, a revista Enfoque, a editora de livros… E eu sabia que no início deste milênio, o boom das empresas de Internet iria revolucionar o mundo com o fenômeno da comunicação horizontal, desintermediada.

E assim, em 2000, montamos a Elnet, empresa de conteúdo online. Criamos uma editora de Direitos Autorais, que funciona até hoje. E fomos nos aperfeiçoando técnica e juridicamente para que a MK pudesse prosseguir de forma saudável.

Como a MK reagiu diante dos novos desafios do mercado, como pirataria, o enfraquecimento da venda de CDs, a crise econômica?
Em 2012, diante de todas as dificuldades, nos reunimos, como empresa familiar que somos, e pensamos em fechar a MK. Ou faríamos uma transição para sermos uma empresa digital. Sabíamos que o suporte físico, o CD, iria acabar em torno de cinco anos. Acabou bem antes disso.

Graças a Deus, escolhemos a segunda alternativa e em seis anos conseguimos fazer a transição. Isso me emociona quando falo, porque sei que Deus está sempre no controle. Tenho certeza de que tudo o que acontecia estava sob comando Dele.

E fomos reformulando tudo. Tiramos todos os intermediários da nossa plataforma e os contratos eram feitos direto com as operadoras de telefonia celular. Também fizemos contrato direto com os maiores provedores internacionais e com todas as lojas virtuais do mundo. Tudo direto. Construímos uma plataforma digital, permanecendo com a área musical, também monetizada em todos os canais. Criamos um segmento literário e começamos a produzir ebooks, áudiobooks. Oferecemos prestação de serviços em que o principal produto é um software de gestão eclesiástica, o Kronos, e ainda administramos canais de Youtube. Produzimos um portal de notícias, o Pleno.News, que em um ano de trabalho está já se consolidando. E hoje estamos perfeitamente implantados em todos os espaços de crescimento.

Após nove mandatos como parlamentar, o que considera como seu maior marco na Câmara?
Foi a Assembleia Constituinte, dado o meu conhecimento na área de telecomunicações. Fui presidente de uma das subcomissões da Constituinte e considero importante ter contribuído com os textos. Fiz mais de 100 propostas e 25% delas foram introduzidas na Constituição. Esta foi a minha maior realização. Na Constituinte, me realizei como parlamentar. Afinal, eu vinha de uma história como engenheiro, técnico, cientista, mas a Constituinte me transformou completamente. E eu me apaixonei pela política, que faço com amor e carinho.

Outro marco foi a privatização das telecomunicações no país, que garante hoje que mais de 220 milhões de brasileiros tenham comunicação via celular. Também tive a oportunidade de participar de algumas discussões para que a Internet se mantivesse livre da ingerência do Estado e do Governo.

Noite de lançamento: Arolde de Oliveira também possui sua própria biografia

Agora o senhor se dedica a um novo empreendimento rumo ao Senado Federal. Se eleito, quais são suas principais pautas como senador?
O PSD me convidou para disputar a vaga por eu ter mais experiência, agregar credibilidade e conhecimento. Decidi aceitar e estou montando minha plataforma de campanha. Vejo tudo isso com tranquilidade. Costumo perceber os sinais: estou feliz, estou motivado e, principalmente, estou em paz. E quando estou em paz após uma tomada de decisão é porque fiz a escolha certa.

Devo dizer que tenho como base defender a família. Sou contra o aborto, sou a favor da redução da maioridade penal para 16 anos, sou contra a ideologia de gênero e contra tudo o que desconstrói os valores cristãos. Estarei no Senado para defender essas causas.

O papel do senador é representar sua unidade da federação. Ele cuida de seu estado e das questões nacionais. Principalmente na área da execução orçamentária. Um senador fiscaliza a parte financeira da União. Faz revisões do equilíbrio tributário periodicamente. Também filtra as indicações para ministros do Supremo, para procuradores da República. Todos os cargos importantes de indicação do governo passam pela avaliação do Senado.

Atua no controle dos empréstimos e no movimento financeiro internacional. O governo de esquerda, que saiu do poder, conseguiu introduzir cláusulas de confidencialidade nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDS, aos países de Cuba, Angola, Venezuela e outros países comunistas. A população brasileira não tomou conhecimento. Portanto, é papel do Senado estar atento. E quero estar lá para cumprir minha missão, como tenho feito até aqui.

Quais as principais metas de seu partido, o PSD, no cenário político do Rio de Janeiro?
Aqui no Rio, a proposta do PSD é ir contra tudo que não deu certo no estado: administração irresponsável, corrupção, busca de benefícios nas contratações. Hoje precisamos de uma gestão de qualidade focada nas pessoas, no povo do estado do Rio de Janeiro. Tratar segurança pública, saúde e educação é uma prioridade.

Mas o partido também almeja ter políticas que estejam de acordo com as vocações de nosso estado. A primeira delas é o turismo e sua capacidade de geração de empregos. Mas a falta de segurança afeta o crescimento dessa vocação e espanta os visitantes. Outra vocação é a prestação de serviços na área intelectual, de ciência e de tecnologia. Mais uma vocação é a indústria naval e a indústria de derivados de petróleo.

Na área da saúde, falta mais gestão efetiva do que dinheiro. As pessoas estão morrendo nas filas, o que é uma crueldade. Só que com tecnologia e administração inteligente é possível reverter esse quadro.

Veja um exemplo: a região metropolitana é enorme para atender os quase 30 municípios com postos de saúde. O que os prefeitos fazem? Compram ambulâncias para transportar seus doentes para a capital. E é claro que os hospitais da cidade do Rio não dão conta do atendimento. É urgente criar um sistema de triagem com seleção de casos graves, usando a tecnologia para auxiliar.

Na área do ensino, é urgente preparar as crianças para o aprendizado intelectual e não ocupar a grade escolar para ensinar ideologia de gênero, por exemplo. Sou a favor da Escola sem Partido. A prioridade é o estudo.

TV Câmara no debate sobre o Marco Civil da Internet

O senhor que defende tanto a família brasileira, como funciona a sua família?
Falei dos aspectos positivos de minha família. Hoje somos ainda mais unidos. Mas a vida não é linear, é cheia de altos e baixos, de vales e de montanhas. E nossa família passou por vales. O mais importante é que a gente não perdeu a esperança. Cremos que lá na frente terá uma montanha e Deus está no controle.

Sei que um dos golpes mais fortes sobre a família é a perda de filhos. Nós, muito cedo, perdemos um filho com 6 meses. Era saudável, lindo, mas a vontade de Deus era outra. Minha esposa Yvelise era ainda adolescente. Tinha entre 16 e 17 anos, pois nos casamos muito cedo. Foi um golpe violento. Mas superamos, embora a dor nunca seja consolada. Você só se acostuma com ela.

E mais recentemente, tivemos outra perda, em 2010. Aconteceu um acidente aéreo com meu filho e com meu genro, que era esposo da Marina, minha filha. E os dois morreram. Superar isso foi apenas pela fé. Foi um teste para mantermos a esperança.

Três meses depois, perdemos o marido de minha neta, também em um acidente de moto. Mas entendi que todos morreram fazendo o que gostavam de fazer. Meu filho adorava fazer esporte radical e o marido da Luiza gostava de andar de moto em alta velocidade. E a gente vai superando em Deus.

No fim, tudo acaba como era antes de ser. A gente nasce do pó e volta ao pó. Hoje vivemos segundo a vontade soberana de Deus. A existência dos altos e baixos exercita o ser humano e fortalece seus propósitos. Principalmente quando temos um compromisso com Deus.

 

 

 

 

 

 

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