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“Carnaval é idolatria ao diabo”, diz ex-campeão da Mangueira

Lilico foi mestre-sala nota 10 e viveu entre drogas e feitiçaria

Virgínia Martin - 14/02/2018 03h16 | atualizado em 16/02/2018 09h52

Era carnaval de 1990, quando Lilico da Mangueira deu uma entrevista ao vivo para a repórter Leilane Neubarth (TV Globo). Em plena Sapucaí, avenida do samba da cidade do Rio de Janeiro, vestido de mestre-sala, o conhecido campeão nota 10 da Mangueira afirmava que aquele seria seu último ano no desfile. “Por qual razão?”, questionou a jornalista. “Vou me dedicar a um compromisso espiritual e enalteço Jesus Cristo que me trouxe até aqui!”. E assim teve início a nova vida de William Lourenço Braga, hoje pastor da Igreja Batista Pentecostal Restaurando Vidas, na Penha, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro. Atualmente funcionário do Ministério da Saúde, veio da Mangueira, onde nasceu e cresceu e foi dedicado ao diabo aos quatro anos de idade. Vivia em um ambiente de ocultismo, envolvido por práticas de Macumba. Sua família foi a segunda a povoar o morro e ainda fundou a escola de samba da Mangueira. Entre o samba e a feitiçaria, Lilico não sabia quantas reviravoltas Deus iria dar em sua jornada. É o que ele conta nesta entrevista ao Pleno.News.

Como ex-integrante da Mangueira, como vê a polêmica deste carnaval sobre a escola de samba ter sido acusada pela RioTur de usar intolerância religiosa em seu desfile?
Acho que a Mangueira cometeu uma falta de respeito muito grande. Mas penso que o trabalho de repúdio ao Crivella vem de uma questão política. É evidente que na parte religiosa eles não professam a mesma fé que o prefeito. Porém, se fizessem a mesma coisa com os católicos, com os gays, com os espíritas, teria sempre alguém para gritar, para reclamar… Mas se fazem contra os evangélicos, ninguém grita. Assim, continuam a fazer o que querem. No entanto, creio que Deus é quem vai dar uma boa resposta para todos depois do Carnaval. Se este prefeito estiver mesmo imbuído de Deus, a Mangueira terá uma resposta nesta quarta-feira de cinzas.

E o que achou de Marcelo Crivella não ter participado do carnaval da cidade do Rio?
Vi que este prefeito é muito corajoso em não ter participado. Mais do que ser um homem público, ele é um homem seguidor de Cristo. Melhor ele sofrer debaixo das críticas do povo do que suportar o carnaval, que não é de Deus. Ele sabe que tem que prestar mais contas ao céu do que ao inferno.

Como o senhor começou a atuar como mestre-sala?
Na Mangueira de onde vim, é natural uma criança de 5 anos, por exemplo, já ir se definindo em sua posição na escola de samba. Eu era mascote de uma ala chamada Pobres de Paris. Usava trajes de fidalgos, saia vestido com capa e espada. E, certa vez, fomos nos apresentar no Palácio Guanabara. Só que faltou alguém na posição de mestre-sala e me chamaram para fazer a substituição. Fui indicado pela Neide, uma maravilhosa porta-bandeira. E eu me sai muito bem. Com apenas 8 anos, surpreendi naquela ocasião. A Neide se tornou uma professora para mim, me ensinando a dançar com a delicadeza de um nobre.

Em 1984, eu fazia parte da comissão de carnaval da Mangueira e estavam decidindo quem ia ser o mestre-sala. Fui indicado por ter tirado nota máxima em uma escola do segundo grupo, e assumi minha posição, mesmo contra a vontade de muitos. No ano seguinte, o carnaval da Mangueira foi um fiasco e a mídia reportou que a única coisa que tinha valido a pena foi o mestre-sala Lilico, acompanhado da porta-bandeira Mocinha. Foi a confirmação de que realmente eu deveria ficar. Ainda assim, 90% do povo da Mangueira não me queria. Preferiam o mestre-sala Delegado, que era Estandarte de Ouro. E ainda alegaram que uma pessoa influente na Mangueira, o bicheiro Zinho, teria pago para eu tirar nota 10. Só que em 1986, o Zinho nem estava mais na Mangueira e eu tirei 10 de novo. Em 1987, acabei sendo escolhido para fazer a chamada da Rede Globo de TV e permaneci mestre-sala da Mangueira até 1990, sempre com nota máxima.

“Penso que a igreja não deve estar em um lugar que é consagrado aos demônios”, alerta pastor William Braga Foto: Virgínia Martin

E o caminho até mudar totalmente de vida, como foi?
Como mestre-sala da Mangueira, me tornei famoso. Viajei muito para fora do Brasil, entrei no caminho das drogas, cheirava cocaína, fumava maconha, bebia muito. Nessa época, eu conhecia um jovem chamado Emanuel Messias, que vivia de forma errada como eu, mas dizia que um dia iria para os caminhos de Deus. Ele afirmava que quando isto acontecesse, o Lilico iria também. Eu negava, me esquivava dizendo que eu era macumbeiro e ia morrer macumbeiro.

Mas o dia chegou para meu amigo Messias. Ele passou a andar nos caminhos de Jesus e foi me procurar. Eu estava na casa de minha mãe na Mangueira, invocando um demônio, pois queria que minha viagem aos Estados Unidos fosse um sucesso. Antes que a mulher incorporada cortasse a cabeça do frango, ela ficou estática e disse: “Tá vindo um camarada aqui que é filho do homem lá de cima. Não deixe ele entrar aqui”. Era o Messias que estava chegando e que havia se entregado a Jesus. Fui lá fora e ele me disse, tal como havia dito antes, que tinha largado a vida torta. “Vim aqui te dizer que o único caminho que você vai ter para ser feliz é com Jesus. Larga tudo e vem”. Eu neguei. Mas meu amigo continuou: “Saiba que quando você precisar, fale que o sangue de Jesus tem poder e ele vai estar contigo onde quer que você esteja”. Messias ainda disse que havia um demônio dentro da casa e que iria expulsá-lo. Eu neguei.

Quando voltei, o demônio disse que não podia fazer mais nada porque havia muita luz ali e desincorporou. A luz era do amigo Messias como novo homem espiritual. E ele nem sequer tinha entrado no local. Tudo aquilo me chamou atenção. Hoje eu sei que a Palavra de Deus jamais volta vazia. Fui mesmo para os Estados Unidos, desfilei em Manhattan. Adquiri um novo status no Brasil, o internacional Lilico. Fui matéria do Fantástico, do Globo Repórter, transitava entre artistas como Alcione, Beth Carvalho, Maria Betânia. Tudo foi me dando projeção.

Sua conversão aconteceu de que forma?
Eu tinha muito envolvimento com tráfico de drogas. E nem tinha necessidade de estar na vida do crime. Afinal de contas, eu era um artista, um homem instruído. Fiz parte da segunda turma de Educação Física da UERJ, em 1976. Mas, por estar no meio das drogas, tinha penetração em várias favelas do Rio de Janeiro e com traficantes como Meio Quilo, Escadinha, Gordo, todos conhecidos no crime. Por conta disso, entrei na camada mais pesada do tráfico. Por dois anos fui quase emboscado na Marquês de Sapucaí, depois do desfile da Mangueira. E comecei a entender que alguma coisa estava errada.

Eu tinha uma namorada que morava na Itália. Fiz planos de ir para lá depois do carnaval porque havia uma promessa de que eu iria morrer após o desfile. Eu era perseguido pela milícia, não pela polícia propriamente. Certa vez, eu estava fugindo da polícia, que atirou para cima de mim. Eram três da madrugada de lua cheia e um policial me achou e colocou a escopeta no meu queixo: “Agora você vai morrer!”, ele disse. Quando apertou o gatilho, o tiro não aconteceu. Foi quando me lembrei das palavras do Messias sobre clamar pelo sangue de Jesus. E assim fiz. Disse ainda que se Deus me livrasse, eu mudaria minha vida. E Ele mudou.

É claro que, naquele momento, falei no sangue de Jesus como uma espécie de talismã. Até que eu entendesse que a salvação é muito mais ampla que todas essas coisas e que o sangue de Jesus foi uma consequência da morte de Jesus na cruz. Mas, na hora difícil, a gente aplica tudo o que for possível para salvar a própria pele.

Então, no caminho para a Marquês da Sapucaí, o Pedro Paulo, neto de Tia Zica, disse que estava sentindo que algo iria acontecer comigo naquela noite. Eu desconfiei. Logo pensei que ele estava sabendo que alguém iria me pegar na avenida para me matar. Apenas respondi que eu iria ganhar mais quatro notas 10 e ser considerado o melhor. Ouvi dele que, mesmo sem entender, sabia que algo bom aconteceria na minha vida.

Lilico lembra que o Evangelho foi transmitido pela Rede Gobo, porque foi ao vivo. “Se fosse gravado, eles iriam editar” Foto: Virgínia Martin

A verdade é que, dentro do meu coração, eu sentia que a última coisa que eu queria era estar no desfile. Ao andar pela concentração, estava cercado por alguns seguranças, mas senti algo gelado perto de mim e uma voz sussurrou no meu ouvido: “Hoje você morre na Apoteose”. Em seguida, virei para o outro lado e, inesperadamente, senti que alguém me abraçava, mas não havia ninguém ali. Foi uma experiência pessoal, única, real que tive com Jesus ali naquele momento.

Em seguida, fui colocar a fantasia da Mangueira e, na volta, a produção da Rede Globo me abordou e a repórter Leilane veio me entrevistar (está registrado em vídeo), querendo saber a razão daquele ser meu último ano no desfile. Bem, eu tinha planos de ir para a Itália, mas Deus tem seus próprios planos. Minha cabeça estava na Itália, mas a cabeça de Deus estava na minha salvação. Na hora, só me veio à mente aquela resposta que saiu da minha boca: “Enalteço o Senhor Jesus Cristo que me trouxe até aqui e a partir do próximo ano vou cuidar do meu lado espiritual”. Ninguém entendeu nada.

Quando a bateria da Mangueira entrou, até o Jamelão estava lá e eu entrei para dançar, o que ouvi não foi o samba da Mangueira, mas a canção de louvor “Nosso Deus é soberano, ele reina antes da fundação do mundo…” Eu dançava ao som dessa música. Comecei a aplicar uma nova performance que eu nunca havia dançado. Não estava atuando ao som da Mangueira. E, surpreendentemente, todo mundo estava adorando. E assim aconteceu, não como o diabo previa. Eu, na verdade, naquela noite, morri para o samba, morri para a Mangueira, morri para o mundo. Mas nasci para Jesus. E comecei a viver para Ele desde 1990.

Sobre os desdobramentos?
Foi difícil recomeçar tudo do zero. Por conta de muitas viagens, deixei meu emprego público federal, no IBGE. Com currículo na rua, só encontrava portas fechadas. Surgiu uma inscrição para motorista na CEDAE e passei em todas as provas teóricas. Mas na data da prova prática, eu estaria fazendo uma viagem missionária em Minas e não estaria no Rio. O interessante é que com três meses de convertido, eu já tinha lido a Bíblia toda. E muitas coisas que eu havia lido na Palavra de Deus me garantiam que Ele me sustentaria e que eu precisava confiar. Deus é fiel e justo para nos guardar. Quando Deus tirou o povo do Egito, alimentou a multidão com maná. Então, todos aqueles ensinamentos já estavam dentro de mim. Eu não era um crente desconhecedor da Palavra. Eu era um novo crente conhecedor das maravilhas que Deus já havia feito na minha vida.

E fui fazer a viagem missionária. Dois meses depois, um amigo meu, que era da Mangueira e também havia se tornado pastor, me procurou e disse que a Superintendência de Campanhas do Ministério da Saúde, a SUCAM, estava aproveitando o pessoal que havia feito prova para a CEDAE. Logo fui me apresentar. Na chegada, fui o último a entrar. Outros não conseguiram e o guarda na entrada ainda disse: “Este era o último que estávamos esperando” . E lá se vão 28 anos, desde 1991, que trabalho no Ministério da Saúde.

Como conheceu Elma, sua esposa?
Ah! É uma história bonita. Quando cheguei de viagem dos Estados Unidos, o Cosme, que tinha sido um dos maiores passistas da Mangueira, estava evangelizando todo mundo e me chamou para ir à igreja. Como sempre, falei que era macumbeiro e nada tinha o que fazer na igreja. Mas ele insistiu e me levou. Lá, eu vi a Elma louvando ao Senhor. Sondei se era casada. Cosme riu e disse que ela “não era para meu bico” e que eu precisaria caminhar muito com Cristo antes de chegar até ela. Só respondi que eu um dia casaria com aquela moça. Pois bem, me converti, fui visitar a igreja do Grotão, na Penha, e lá estava ela. Estamos juntos há 27 anos. O que pensei em 1985 se concretizou. Hoje temos uma filha de 18 anos.

Ao lado da esposa e da filha de 18 anos, resultado de uma união de 27 anos

Fale sobre o processo de libertação de todas aqueles vícios.
Foi instantâneo. Só demorei mais com o cigarro, mas me libertei da prostituição e das drogas de forma imediata. Por causa do alto consumo de drogas, eu era muito deprimido. Fiz tratamento com psicanalista, com psicólogo, com psiquiatra… e nenhum deles conseguiu me ajudar com todo o seu conhecimento. Quando aceitei Jesus como meu salvador, minha vida mudou. E eu que pensava que jamais me libertaria da Mangueira, que é uma espécie de ópio, é uma droga, e quem se vicia não escapa. Mas escapei da Mangueira. Tudo porque Jesus se mostrou maior que tudo. Não uso mais nada. Sou liberto.

E quanto aos demônios?
Fui enganado pelo diabo durante 37 anos. Parei. Abri mão de servir a 40 demônios. Não quis mais saber.

O senhor hoje é pastor. De que forma aconteceram consagração e preparo?
Pastorado requer um chamado. Eu me lembro de que, em certa ocasião, estava embalando cocaína com o pessoal. Cada um bebendo uísque, consumindo droga e, em um momento de silêncio, ouvi uma voz que me disse: “Vou te tirar disso aí e vou te fazer pastor da minha igreja”. Impressionado, fiquei olhando para todo mundo. E o dono da boca de fumo me disse: “Eu escutei o que você escutou”. E riu e ainda debochou de mim. Quando me converti a Cristo e fui para a igreja, eu já sabia que ia ser pastor. A partir daí, fui estudar. Cursei Seminário de Teologia, Psicologia Cristã, Clínica Pastoral e em 1996 fui consagrado ministro do Evangelho na Mangueira, na Igreja Batista Ebenézer.

O que hoje é o carnaval para o senhor?
A origem do carnaval vem dos primórdios da Roma antiga, com seu deus chamado Dionízio e sua era de orgias. Passou pela Europa e se estatizou na origem africana. Ou seja, uniu a carga europeia de fidalguia e realeza com a carga africana de seus batuques e orixás. Quando os escravos chegaram na Europa, viam os saraus e adaptavam os passos que a realeza fazia no ritmo do atabaque. Os africanos estavam acostumados com sua cultura de reverenciar seus orixás. Algumas tribos reverenciavam a Macumba que tinha um toque diferente do toque do Candomblé. Com o passar do tempo, influências da Europa, da África e de Roma, com sua libertinagem, foram dando forma ao carnaval que existe hoje. Pode ter evoluído para algo mais luxuoso, cultural, como dizem, tornou-se uma indústria. Mas, lá na essência, continua sendo adoração ao diabo. Seja com toda tecnologia, com todo avanço, com toda plasticidade, vai continuar sendo uma festa ao diabo. Continua a ser um ritmo que contamina sem que as pessoas se deem conta de sua origem e propósito.

O que acha do evangelismo de evangélicos com estratégias carnavalescas para falar de Jesus pelas ruas?
Olha, já estive dos dois lados. Quando estamos do lado de lá, a visão é cultural, é só artística. Mas do lado de cá, é sempre de idolatria, é uma idolatria ao diabo. Nem gosto de falar para o sambista sobre a evolução do carnaval sob a influência do diabo. O sambista não aceita isso, assim como eu também não aceitava.

Mas sou desfavorável a esse tipo de manifestação da igreja, que teria muito mais campo para evangelização sem ser dentro do carnaval, na minha opinião. Creio que os crentes não deveriam estar dentro de um ambiente que é consagrado ao diabo. Eu posso dizer sobre algo que vivi e sei sobre a influência dos demônios nessa “festa”. Por que não evangelizam antes do carnaval? Talvez impedissem que muitos participassem dele.

No bairro da Penha, no Rio de Janeiro, pastor William Braga faz um trabalho de libertação, atuando também na Cracolândia

E sobre as conversões como resultado do trabalho evangelístico?
São primeiramente números. Não sei até que ponto aquele convertido vai se converter mesmo, se será discipulado, acompanhado. Se a igreja que está evangelizando for de longe, como será feito o acompanhamento? Tem que ser algo muito bem planejado. Porque é fácil tirar uma foto e colocar uma legenda, dizendo que 200 pessoas se converteram. Só que conversão é mudança de vida e comoção é um momento apenas. Depois de meses ou anos, apresente para mim o resultado das conversões ocorridas no carnaval. Apresente essas mesmas pessoas dentro da igreja louvando e glorificando a Deus. Se eu vir isso, talvez possa mudar meu pensamento.

O que avalia sobre seu primeiro testemunho na avenida diante das câmeras?
O que sei é que lá na avenida havia muitos desviados dos caminhos de Deus. Eles ouviram e alguns retornaram. Outros foram impactados e conheceram o amor de Jesus. Pensaram: “o que faz este cara largar tudo no auge de seu sucesso?”. Eu parei porque Deus me alcançou.

Surpreendentemente, o Evangelho foi transmitido pela Rede Gobo porque foi ao vivo. Se fosse gravado, eles iriam editar. Tempos depois, a Globo foi fazer uma reportagem para o Globo Repórter sobre manifestações religiosas e visitaram a igreja da Mangueira. Quando viram os milagres de Deus acontecendo ficaram maravilhados. Choravam, narrando ou filmando. E tudo aquilo não foi ao ar. Porque ou eles pegam os exageros de algumas igrejas ou a inércia de outras.

O que perdeu?
O que eu não tinha. Nada era meu. Segundo o diabo, foi ele que me deu. O que eu conquistei depois é que passou a ser meu, baseado em uma fala divina e baseado em uma vida com Deus.

O que costuma fazer durante o carnaval?
Quando temos condições, a gente viaja. Ou fica em casa, vai à praia. Ficamos tranquilos.

Por que acredita que o carnaval esteja acabando?

Porque o samba vem sofrendo mudanças muito grandes. O ritmo, o andamento musical já tem alterações. O sambista tradicional sabe disso. Ele percebe que o samba vem perdendo sua autenticidade. E eu queria saber de onde se tirou que carnaval é cultura. Carnaval é festa da carne.

Como percebe os temas de enredo?
As escola têm ficado um pouco sem criatividade. Pegam temas para chamar atenção ou temas que tenham uma subvenção em sua origem. Vai homenagear Miguel Falabella a troco de quê? Para angariar apoio dos artistas e ter suporte da classe.

Como o senhor evangeliza?
Não tenho estratégia. Eu me deixo usar por Deus em qualquer lugar. Se estou na boca de fumo, eu digo que já fiz aquilo e que a misericórdia de Deus me alcançou. Eu vou aonde for preciso. Meu trabalho como agente de saúde é visitar lares e se eu tenho oportunidade, falo de Jesus. Não existe um dia em que eu tenha deixado de falar do Evangelho para alguém.

 

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