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Cabeleireira das famosas ensina a cuidar das madeixas

Especializada em mega hair, Janny Mota saiu da Bahia e conquistou seu espaço no Rio de Janeiro

Virgínia Martin - 26/06/2019 15h41 | atualizado em 03/07/2019 11h49

Estudar mais é um dos planos de futuro de Janny, que também é consultora de estilo e imagem

Responsável pelas madeixas de artistas como Elaine Martins, Marina de Oliveira, Nicole Bahls, Lexa e Solange Almeida, do Aviões do Forró, a cabeleireira Janny Mota, dona do Janny Mota Vip Space, teve sua vida entrelaçada ao mega hair já desde muito nova. Nascida na cidadezinha de Barrocas, no interior da Bahia, ela partiu para o Rio de Janeiro. E diferente de muitos turistas que vêm à cidade maravilhosa para curtir dias de praia e de sol durante as férias, Janny chegou com uma mala cheia de sonhos e foi trabalhar como manicure em um salão de beleza, ofício que aprendeu desde menina.

Foi na cidade do Rio que Janny aprendeu a colocar o mega hair, algo visto com certo preconceito no mercado por ser usado mais por pessoas de cabelo crespo. O gosto pela paisagem carioca foi tão grande que ela resolveu ficar por aqui, onde se especializou cada vez mais na técnica. E conheceu o marido, que se tornou seu sócio no salão. Evangélica, filha de pastor e membro da Igreja Batista Atitude da Barra da Tijuca, a mesma frequentada por Michelle Bolsonaro antes da mudança para Brasília, Janny faz questão de compartilhar sua fé com as clientes, que dizem que o lugar é de paz e é onde elas se sentem bem.

Ao Pleno.News, a empreendedora compartilha um pouco de sua trajetória desde a cidade de 15 mil habitantes no nordeste brasileiro para um dos bairros nobres do Rio de Janeiro, onde fica seu salão. E, claro, Janny Mota aproveita para passar algumas dicas de cuidados com o cabelo.

Como foi seu começo com o mega hair?
Eu mexo com cabelo há 16 anos. Comecei a colocar mega hair aos 17 e sempre me identifiquei muito com isso. Vim passar umas férias na casa da minha irmã em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e fui trabalhar como manicure no salão, onde colocavam muito mega hair com a técnica do amarradinho – ainda tinha muito preconceito com isso no mercado de “Ah, quem tem cabelo ruim que coloca”. Passei a fazer até sete amarrados por dia. Acabei me destacando no que fazia. E comecei a fazer a faculdade de Estética e Cosmetologia.

E sobre abrir seu próprio negócio?
Na época, meu esposo e eu estávamos fazendo a reforma na nossa casa e montei uma sala bem pequenininha em cima de onde morávamos, em Duque de Caxias. Minha clientela crescia só na divulgação do “boca a boca”. Hoje em dia, a gente posta uma foto nas redes sociais e todo mundo vê. Comecei a estudar sobre terapia capilar e não quis mais trabalhar com aqueles métodos que danificavam o cabelo, como o formol e o amarradinho. Fiz cursos em São Paulo e me especializei em cor e em mega hair. O salão em cima da minha casa ficou pequeno e expandi para a Zona Oeste da cidade, na Barra da Tijuca, onde estavam muitas de minhas clientes, e ainda para o Shopping Unigranrio, também em Duque de Caxias.

Seu marido continua apoiando de que forma?
Conheci meu marido aqui no Rio, casei quando tinha 21 anos e estamos juntos há 11. Ele estava há 22 anos no ramo de autopeças e saiu para virar meu sócio há quatro anos e me ajudar na administração porque eu estava sobrecarregada demais. Tenho 22 funcionários, faço todo o trabalho braçal de atender as clientes e ele cuida da parte administrativa e lida com os fornecedores. No meio dessa loucura, temos um bebezinho de um ano e meio que, de vez em quando, vem comigo para o salão.

Como você compartilha sua fé entre tantos clientes?
Eu coloco músicas evangélicas e acho que é uma forma natural de falar do amor de Deus para minhas clientes. Quando elas estão sentadas na cadeira, percebo que estão sentindo a presença do Espírito Santo e oram também. Até mesmo pessoas que não são evangélicas falam que aqui é um lugar de paz, um ambiente leve, onde elas se sentem bem.

Que dicas você tem para as mulheres?
Mega hair só não pode ser usado por quem tem o cabelo muito ralinho. Com os métodos de hoje em dia, até quem tem cabelo fininho suporta mega hair com um método adesivado que os dermatologistas indicam. Para quem não quer ficar escravo de manutenção, existem os apliques removíveis, que são os tic tac. Você compra uma telinha que tira e bota na hora de sair para um evento. Só não indico usar diariamente ou dormir com ele para não ter tração. Tem todo tipo de truque que a gente faz para poder ficar bonita.

Uma coisa que as pessoas fazem muito é tingir o cabelo em casa sem saber a cor que combina mais com o seu tom de pele. Sempre procure uma profissional e evite fazer mechas e progressivas porque isso acaba com o cabelo. Tem que evitar fazer muita química ao mesmo tempo. Se você tem que pintar muito a raiz porque tem branco, evite a progressiva porque são duas químicas pesadas juntas. Procure fazer um cronograma capilar onde em uma semana você faz hidratação e na outra faz reconstrução. Reconstruir, hidratar e nutrir são os três passos para o cabelo saudável, seja no salão ou até em casa mesmo.

Também sou formada em consultoria de estilo e imagem de moda. Mas o que me incentivou a fazer esse curso foi conhecer a cartela de cor de cada cliente. O tom de cabelo que combina com cada tom de pele é um diferencial também. Quem tem a pele muito fria, por exemplo, não pode usar o cabelo em tom muito quente.

O que seria a chamada pele fria?
É uma pele mais acinzentada. Quem tem a pele mais quente não pode usar um tom platinado porque destoa e não fica bonito. A gente que entende sabe que é o tom de cabelo que não está batendo com o tom de pele. Na verdade, o tom de cabelo ideal para cada pessoa é o tom natural que Papai do Céu fez. Ele pensa em tudo. Mas, se você quiser mudar, tem que mudar para algo que fique bonito, harmonioso e chique. Eu ajudo nesse tipo de consultoria também.

Qual é seu conselho para outras empresárias da beleza conseguirem chegar até onde você chegou?
Ser empresária no Brasil é muito difícil porque a gente paga muito imposto. Eu trabalho muito com bonificação dos funcionários para oferecer uma boa comissão. Fico feliz porque minhas funcionárias ganham muito bem. Comissioná-las bem faz a diferença. A maioria está comigo desde que comecei.

E quais são seus planos para o futuro?
Estudar mais. Também dou curso a cada dois meses e tenho uma turma de, mais ou menos, 15 a 20 alunos, no auditório desse shopping. Já tem gente querendo que eu dê curso fora do Brasil. Fazer carreira fora do país é promessa de Deus na minha vida, mas tudo é no tempo Dele. Vou deixar as coisas irem acontecendo e vou confiando e crendo.

 

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