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Meu peito dói de tanto amor contido, represado, não sei porquê, eu sempre tão autêntica e sem medo da vida, me sinto como uma menina diante de você

Yvelise de Oliveira - 03/04/2018 10h30

Fico pensando em que momento mágico numa noite cálida de outono ou num dia ensolarado de primavera você se transformou assim, de uma adolescente meio rude e quase agressiva em uma fonte inexplorada.

Existiu sempre dentro de você esta mulher-cisne? Quase etérea nos seus gestos, no sorrir, no falar, no caminhar de passos leves, mas decididos, espírito forte, um desabrochar de ternura? Em que momento você se descobriu ser o que nasceu para ser? Bela, doce e amiga? De onde brotaram os braços longos e finos de gestos elegantes, quase dançantes? Pescoço longo e rosto oval? Cabelos finos da cor do mel?

Minha princesa… Você me encanta!

Escondo meu amor nas sombras, sabe-se lá se a inveja pode estar no ar rondando com o vento quente do ciúme…

Sei que você não é mais você… A cada ano — embora tenha poucos ainda – a vida acrescenta dádivas de justiça e sabedoria e você, sem saber, cativa e ocupa espaços que nunca pensei que seriam seus.

Serenamente fala de amor, do maior de todos, de Deus, nas entrelinhas, ainda tímida nessa descoberta, que surpreende a todos, quase chegando, na porta, parada, bela, simples, elegante, entrando com a luz que brilha à sua volta.

Borboleta que abre seu casulo…
Que lindo ser humano você se tornou…

Meu peito dói de tanto amor contido, represado, não sei porquê, eu sempre tão autêntica e sem medo da vida, me sinto como uma menina diante de você, senhora de algo que eu sei que existe em mim, mas não pensei nunca que vivesse em você também.

Minha linda toda colorida!

Torna-se uma criança tímida quando se trata de fazer-se amar por quem realmente importa – mamãe. Cega de amor pela mesma pessoa que eu: sua mãe, minha filha.

Talvez por medo de possuir só um pedacinho de você, me escondo na sombra, no manto da distância com a alma ansiosa por dizer:
– Que lindo ser humano você se tornou!

Amando como eu os animais, buscando espaços para crescer, amar, viver…

Ainda querendo algo que não sabe se existe. Apenas existindo, levando seu perfume, sua mocidade imaculada que o tempo ainda não pode, esse malvado, ousar tomar.

Borboleta que abre seu casulo…
Que bom poder ver seu querer voar…

Yvelise de Oliveira é Presidente do Grupo MK de Comunicação; ela costuma escrever crônicas sobre as suas experiências e percepções a cerca da vida. Há alguns anos lançou o livro Janelas da Memória, um compilado de seu material. Atualmente está em processo de finalização de uma nova obra, Suspiros da Alma.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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