Coluna Yvelise de Oliveira: Escapando

Às vezes, recebo de Deus bênçãos tão grandes e desafiadoras que penso em ignorá-las — mas quem pode ignorar o que Deus determina?

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Estou feliz em ter escapado, mesmo que temporariamente, do que esperam de mim. Sinto uma liberdade, uma sensação de não ter que estar sempre à disposição.

A obrigação de ser sempre boa ouvinte, de sentir-me a responsável pelos fracassos, mas nem sempre dividindo o sucesso ou a vitória, esse é sempre o mérito que não reivindico, não tomo posse, já que não são importantes para mim.

Quero muito acertar, mas quando erro acabo com um sentimento de culpa ou de vazio.

Agora me sinto menos cheia de ouvir ranços, resmungos, e maus humores que não são meus, só tenho de aguentá-los. Não tenho mais!

Eu sei que a felicidade depende apenas da maneira como decidimos viver nossas vidas.

Eu recebo tudo que a vida me dá de forma lenta e difícil como chegam, quase sempre, as coisas muito boas, ou em avalanches, como problemas que exigem a necessidade de se ser rápida e eficiente pra resolvê-los. Deixar acumular torna tudo mais difícil e não dá para escapar. Mas nem sempre estou disposta a sorrir. As pessoas reclamam tanto do que a vida oferece do que ela não oferece… Deus tem um humor peculiar!

Às vezes, recebo de Deus bênçãos tão grandes e desafiadoras que penso em ignorá-las — mas quem pode ignorar o que Deus determina?

Nesses momentos, sinto-me competente de uma forma que não tenho noção de ser. Preciso dar crédito sempre para os mais fracos e de ego menos resistentes; algumas pessoas só se sentem vivas quando são o centro das atenções.

Não dividem esse tipo de energia criativa, não parecem compreender que não existe: “eu fiz”, mas sim, “nós fizemos”.

As coisas acontecem porque cada um fez a sua parte, não importa ser reconhecida ou não, o que importa é que aconteceu. E foi grandioso, maravilhoso… E eu participei… Quem fez, quem idealizou, quem musicou, quem foram os poetas, os gênios, isso não importa…

O que importa é o todo, a realização do todo como parte de um plano maior e com um sentido mais amplo para nossas mentes tão pequenas, diante da onipresença, e a onipotência de Deus em tudo que fazemos em Seu nome com sua aquiescência.

Uma coisa eu aprendi: a não tentar nunca entender o que Deus quer, apenas deixar-me levar pela Sua vontade…

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