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Os cães e as verminoses

A verminose é uma muito comum, podendo ocasionar sérios problemas e até mesmo pôr em risco a vida do cão

Vinícius Cordeiro - 06/09/2018 14h16

Os tutores se preocupam muito com as verminoses em seus cães, pois é algo que pode se tornar bem desagradável. Os vermes, ou “helmintos’ são seres vivos, porém têm algumas características específicas. São seres invertebrados, ou seja, não possuem a coluna espinhal e estão presentes praticamente em todo lugar: no ambiente, na água e inclusive dentro de outros animais (seres humanos e outros). São chamados vermes parasitas quando são prejudiciais à saúde do animal.

A verminose é uma patologia muito comum, podendo ocasionar sérios problemas e até mesmo pôr em risco a vida do cão, dependendo do grau de severidade com que ocorre e da idade e estado em que o animal se encontra.

Os diversos tipos de vermes em cães podem ser encontrados no intestino, coração, estômago, esôfago, pulmão e rins. Os vermes provocam irritação, infecção e destruição dos tecidos e mucosas dos órgãos onde se alojam devido à sua fixação; obstrução de vasos e de órgãos devido ao acúmulo de parasitas; espoliação de células e substâncias alimentares quando alojados no intestino onde retiram vitaminas e outros elementos vitais; além da ação tóxica causada pelas exotoxinas e endotoxinas que produzem. Existem vários tipos de vermes, que são classificados como “redondos” e “chatos”.

A contaminação pode acontecer pela via oral (ingestão de ovos, oocistos ou larvas infectantes), via percutânea (penetração ativa das larvas pela pele), via intrauterina (através da placenta, contaminando o filhote ainda na barriga da mãe) e pela amamentação (onde o filhote é contaminado através do leite da mãe).

Podem ser sintomas de verminoses: diarreia com ou sem sangue nas fezes; pelagem fraca; anemia; perda de peso; tosses; vômitos; distensão abdominal (barriga inchada); baixa energia; perda de apetite; constipação intestinal; secreções oculares e irritações na pele.

Muitas espécies de vermes podem infectar cães. As mais preocupantes são lombrigas, solitárias, dirofilarias (vermes do coração), ancilóstomos e tricurídeos. Cada tipo de verme possui um ciclo de vida diferente, com sintomas que dificilmente variam entre as espécies. Dessa forma, não é possível determinar qual tipo de verminose seu cão tem levando em consideração apenas os sintomas. Exames e avaliação clínica com o médico veterinário são necessários.

O tratamento e a prevenção dessa patologia se dá através de vermífugos. Há medicamentos específicos para cada tipo de verminose, porém a dosagem vai depender do peso, espécie, idade e condição física do animal e somente o médico veterinário é capaz de fazer a prescrição correta. Normalmente a verminose tem cura, e é possível ser feita prevenção. Por isso, não deixe de vermifugar seu animal de forma preventiva. Assim você estará cuidando da saúde dele e da sua.

Vinicius Cordeiro é advogado, ex-Secretário de Proteção Animal do Rio de Janeiro.
Bruna Franco é ativista, dirigente da ONG ADDAMA e produtora executiva da ONG Celebridade Pet.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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