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Vamos repetir a dose?

O ano de 2017 termina com um sonho para alguns times brasileiros vamos realizá-lo em 2018?

Sergio du Bocage - 21/12/2017 14h29

O ano de 2017 termina com um sonho para alguns times brasileiros – a conquista da Copa Libertadores do ano que vem. Embalados pelo título do Grêmio este ano, os brasileiros marcam até um recorde de participação, com oito representantes, dois deles ainda na segunda fase, de mata-mata: a Chapecoense e o Vasco – os outros seis já estão na fase de grupos.

E é aí que começa o verdadeiro “drama” das equipes. O sorteio aconteceu na noite de quarta-feira e colocou, frente a frente, tradicionais equipes brasileiras e argentinas, já antecipando que teremos jogos duros na briga pelas duas vagas de cada um dos oito grupos. O Corinthians, campeão brasileiro, está no grupo do Independiente, recém-campeão da Copa Sul-Americana e com sete títulos de Libertadores; o Palmeiras vai enfrentar o Boca Junior, no caldeirão da Bombonera; e o Flamengo terá de passar pelo River Plate, outra tarefa muito difícil. Vasco e Chapecoense, caso cheguem à fase de grupos, já sabem que vão cair, respectivamente, nos grupos de Santos e Cruzeiro – e a gente torce para ver esses duelos nacionais mais à frente.

Não faltaram análises após o sorteio e uma delas mostra que, pela soma de pontos do ranking da Conmebol, o Grupo 3, onde estão Flamengo, River Plate (ARG) e Emelec (EQU) aparenta ser o mais difícil. Que fase, hein Flamengo?! O rubro-negro carioca terminou o ano com o vice-campeonato da Copa Sul-Americana, com confusão dentro e fora do Maracanã provocada por vândalos travestidos de torcedores e, ainda, com um retrospecto nada favorável de ser, volta e meia, eliminado logo na fase de grupos da Libertadores.

Para piorar o ânimo do torcedor, o Emelec ainda surge como “fantasma”. Em 2012 e 2014, os times caíram no mesmo grupo e os brasileiros foram logo eliminados, apesar de, no confronto direto, ter vencido três dos quatro jogos entre eles – o problema do Flamengo foram os outros resultados.

Pela tradição, os argentinos sempre surgem como favoritos. Pelo investimento, os brasileiros levam vantagem, pois nossos clubes aparentam ter elencos mais fortes. Mas dinheiro não é tudo no futebol. É essa dose de disposição e identificação com o clube e a camisa que parece ainda faltar pra gente. O Grêmio deu o exemplo este ano. Quem sabe repetimos a dose em 2018?

Sergio du Bocage é carioca e jornalista esportivo desde 1982. Trabalhou no Jornal dos Sports, na TV Manchete e na Rádio Globo. É gerente de programas esportivos da TV Brasil e apresenta o programa “No Mundo da Bola”.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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