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Providência Divina para Neymar e Seleção

Quem consegue treinar, com dedicação integral, sabendo que eventualmente um carro de polícia pode bater na porta da concentração?

Sergio du Bocage - 07/06/2019 15h33

 

Entendam como quiser, mas a contusão de Neymar – e a consequente dispensa dele da Seleção Brasileira – foi a melhor coisa que poderia ter acontecido nessa preparação para a Copa América. Talvez até mesmo para ele que, segundo dados do Google, foi a personalidade mais pesquisada nesse mês de junho, desde o início da série história em 2004. O mundo inteiro quer saber quem está dizendo a verdade, se ele ou a modelo Najila Mendes. E com a camisa 10 da seleção, envolvido em treinos, Neymar não estaria disponível para esclarecer esses fatos, que precisam de respostas o quanto antes.

Para a seleção também será um alívio. Podem acreditar. Quem consegue treinar, com dedicação integral e sem desviar a atenção, sabendo que eventualmente um carro de polícia pode bater na porta da concentração? Como não comentar qualquer novidade que venha a surgir, sem melindrar o companheiro – e acesso à informação é o que não falta, nesse mundo informatizado, onde os jogadores são personagens dos mais atuantes.

Para Tite, a lesão foi um facilitador. Sem comparar momentos, nem jogadores, o atual técnico da seleção viveu momentos semelhantes ao de Zagallo, na Copa de 98, diante de Ronaldo Fenômeno. Como tirar o principal jogador do time, se ele mesmo diz que está bem? E, vamos combinar: por mais profissional que seja, Neymar não poderia estar plenamente dedicado à seleção, com todo esse assunto “bombando” em todos os veículos de imprensa.

Fato é que Neymar e a seleção não conseguem conviver em paz. Sempre algo surge que o impede de uma grande conquista. E o tempo vai ficando curto, a carreira já passou do ápice e ele se encaminha para a última Copa.

Tomara que a próxima “providência divina” seja favorável a ele e ao futebol brasileiro.

Sergio du Bocage é carioca e jornalista esportivo desde 1982. Trabalhou no Jornal dos Sports, na TV Manchete e na Rádio Globo. É gerente de programas esportivos da TV Brasil e apresenta o programa “No Mundo da Bola”.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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