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Opinião Sergio du Bocage: A questão do treinador da Seleção merece ser analisada

De 2003 a 2018 nossa Seleção passou por cinco técnicos. Ou seja, cinco estilos completamente diferentes

Sergio du Bocage - 04/04/2018 11h30

Tite – Técnico da Seleção Brasileira de futebol Foto: MoWA Press/Pedro Martins

Caro leitor do Pleno.News, semana passada falamos aqui sobre a validade do amistoso entre Brasil e Alemanha, vencido pela nossa Seleção por 1 a 0. Num jogo em que o Brasil usou o que tinha de melhor, e fez apenas uma substituição, enquanto a Alemanha entrou com time misto e mexeu em cinco posições durante o jogo.

Mas algo que merece ser analisado, também, é a questão do treinador.

De 2003 a 2006, período até a Copa da Alemanha, o técnico do Brasil era Carlos Alberto Parreira. Depois dele veio Dunga, até 2010; em seguida, Mano Menezes, até 2012; Luiz Felipe Scolari assumiu até 2014; Dunga voltou, até 2016. E aí chegou o Tite. Cinco mudanças, de estilo, de treinamentos, de comportamento.

De 2003 a 2006, para a Copa em casa, a Alemanha era treinada por Jürgen Klinsmann, tendo como assistente, Joachim Löw. Os alemães ficaram em terceiro e o assistente virou o técnico principal. Desde então, Löw disputou três Eurocopas – foi vice em 2008 e perdeu nas semifinais em 2012 e 2016. Ficou em terceiro na Copa de 2010 e ganhou a de 2014 e a Copa das Confederações de 2017. Apesar dos tropeços anteriores, foi mantido até ganhar o Mundial. Com isso, manteve um padrão, implantado até nas divisões de base, e revelou jogadores que já vão estar na Rússia.

Se isso vai fazer diferença na Copa, a gente vai ver a partir de junho. Mas não é de hoje que reclamamos de, no Brasil, não se pensar em investir num trabalho a longo prazo.

Sergio du Bocage é carioca e jornalista esportivo desde 1982. Trabalhou no Jornal dos Sports, na TV Manchete e na Rádio Globo. É gerente de programas esportivos da TV Brasil e apresenta o programa “No Mundo da Bola”.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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