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Neymar no foco

Lesionado, mas fazendo festa, Neymar está de volta às manchetes. Torço para que ele volte aos campos

Sergio du Bocage - 06/02/2019 12h57


Ele é o melhor jogador brasileiro na atualidade, o que reúne mais fãs nas redes sociais, ídolo na França, sempre cotado para a lista de melhores do mundo a cada temporada. Mas não é por isso que Neymar está de volta às manchetes. Um dos craques do PSG, ele está novamente lesionado, fora de campo por dez semanas, mas “bombando” nos noticiários por conta da super festa de aniversário que promoveu – e onde pediu de presente um novo osso para substituir o que já o atrapalhou na preparação para a Copa de 2018 e que agora o tira de campo em mais um momento decisivo, no caso, para o clube francês.

É evidente que Neymar não pediu para se machucar. Nem fez por onde! Mas aí começam as discussões. Afinal, a lesão ocorreu ao insistir num drible, em sentido lateral, no meio de campo. “Por que não tocou a bola com mais rapidez, em vez de insistir na jogada?”, perguntam alguns. “Querem limitar as qualidades do jogador?”, questionam outros. Eu defendo o toque rápido para driblar, que seja a caminho do gol, e mais perto da área.

A lesão talvez o tire da Copa América – dos amistosos de março, com certeza! Mas, mais próximo e mais importante que isso, vai tirá-lo de jogos decisivos na Liga dos Campeões contra o Manchester United. E isso não tem preço! Neymar foi o maior investimento feito pelo PSG, clube que busca espaço no cenário mundial para ser visto como espanhóis ou ingleses. Para isso, precisa vencer a Champions e o caminho fica mais difícil sem o brasileiro. O curioso desse confronto é que, na festa de aniversário, Neymar se vestiu de vermelho e pediu o mesmo a seus convidados. Escolha um pouco infeliz, já que o PSG tem o azul como cor de destaque. O vermelho, coincidentemente, é a cor do Manchester, conhecido como os “Diabos Vermelhos”.

Aos 27 anos, Neymar vai se afastando aos poucos do caminho que o levará, quem sabe um dia, ao título de Melhor do Mundo. A volta de Messi à melhor forma, superando recordes e levando o Barcelona à liderança absoluta na Espanha; Cristiano Ronaldo fazendo o mesmo na Juventus da Itália; Modric acumulando títulos pessoais; e Salah liderando o Liverpool na Inglaterra, na liga mais importante da Europa, colocam o brasileiro longe do sonho. Ainda mais porque, na França, queira ou não, ele fica escondido.

Fico na torcida para que ele volte a aparecer. Sem lesão e sem festas. Mas em campo, à frente do PSG e da Seleção.

Sergio du Bocage é carioca e jornalista esportivo desde 1982. Trabalhou no Jornal dos Sports, na TV Manchete e na Rádio Globo. É gerente de programas esportivos da TV Brasil e apresenta o programa “No Mundo da Bola”.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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