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Futebol é coletivo, não individual. Mas, parece que Neymar não entende essa verdade

Sergio du Bocage - 24/01/2018 09h15

Eu queria mudar de assunto, mas algumas vezes se torna difícil. Principal jogador da Seleção Brasileira, Neymar, infelizmente, volta e meia está nas páginas dos principais veículos esportivos do mundo por atitudes que não deveriam constar do seu currículo.

Neymar

O mais recente foi sua participação no jogo entre o PSG e o Dijon, pelo Campeonato Francês. O brasileiro marcou quatro gols! Ganhou nota 10 do diário L’Equipe, algo raro – só dois jogadores até hoje mereceram essa honraria. No entanto, ele conseguiu sair de campo vaiado por parte da torcida de seu próprio time. Durante o jogo, houve um pênalti a favor do PSG. Cavani, companheiro de Neymar, poderia bater, o que o permitiria quebrar um recorde de gols pelo time. Mas Neymar pegou a bola e o resto você imagina…

O que todos perguntam é: custava a ele, apesar de ser o batedor oficial, deixar o companheiro fazer a cobrança? O jogo estava 7 a 0, Neymar já havia marcado três gols e dado assistência para outros dois. Mas não. Optou por ser o protagonista único do jogo, como a dizer “eu sou o dono do time”.

Futebol é coletivo, não individual. Um jogador eventualmente brilha numa partida, mas não por atitude como essas. Tivesse Neymar repassado a bola para Cavani e sairia de campo ainda mais idolatrado, pelos gols, pelos lances geniais e pela humildade.

Está difícil de ele entender isso. E fica a preocupação para a Copa. Para ser campeão na Rússia, o Brasil vai precisar de união e coletividade. Tite já teve esse problema com Neymar e pareceu contornar. Fica a dúvida se houve recaída do jogador. Que ele é importante para a Seleção não resta dúvida.

Que não vire um adversário a mais para o Brasil ter de superar na Copa.

 

Sergio du Bocage é carioca e jornalista esportivo desde 1982. Trabalhou no Jornal dos Sports, na TV Manchete e na Rádio Globo. É gerente de programas esportivos da TV Brasil e apresenta o programa “No Mundo da Bola”.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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