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Jesus, o multiatleta

Disciplina é determinante na carreira de um atleta de alto rendimento

Ricardo Pinudo - 04/08/2017 14h00

Jesus, o multiatleta / Foto: Pixabay

Quando estudamos a vida humana de Jesus, percebemos sua grande forma atlética. Segundo comentaristas bíblicos, ele caminhava muito durante suas jornadas, percorrendo quilômetros diariamente. Jesus também se preocupava com o repouso, sentando-se nas campinas, à sombra das árvores ou na casa de um amigo, enquanto ensinava.

Outra prática muito frequente dele era o retiro. Jesus sempre buscava um momento particular e psicológico, algo importantíssimo no processo motivacional. Ele sabia que não teria muitas horas de sono, pois é bem provável que dormisse tarde e acordasse bem cedo. Afinal, o trabalho de evangelismo requeria de Jesus uma disciplina bem balanceada de esforço, alimentação e descanso; algo determinante na carreira de um atleta de alto rendimento.

Muito provavelmente, Jesus desenvolveu seu corpo desde a infância ao lado do pai, José, na carpintaria da família. Jesus cortava árvores, transportava toras, talhava madeira e muito mais. Isso lhe deu o preparo físico que precisaria no futuro.

Sua força e estrutura fisiológica ficam evidentes quando analisamos o que Jesus sofreu no Calvário. Ele foi violentamente agredido de várias formas. Passou por horas de pressão, interrogatório, translado; sem descanso, sem comida nem bebida, enquanto seus opositores se revezavam para torturá-lo. Na cruz, Jesus foi o último a se render; resistiu bravamente por um longo tempo.

Existem algumas passagens na Bíblia que nos remetem a uma analogia do atleta Jesus, em uma paráfrase contextualizada.

Quando Jesus andava sobre as águas, parecia um surfista; suas sandálias eram a prancha. O primeiro surfista da história.

O mesmo acontece com muitos de nós. Ao chegarmos à praia, imediatamente contemplamos as ondas quebrando na areia; uma atrás da outra. Assim como o surfista, aguardamos a melhor onda: a perfeita. Quando, enfim, ela chega, nos leva lá no alto; seja em uma prancha, no “jacaré” de peito ou apenas em um bom salto. Em uma grande ONDA de prazer e satisfação somos levados para o alto por alguns segundos, e logo voltamos ao nível que estávamos. Então, precisamos de uma nova ONDA, e outra ONDA, e mais uma ONDA ainda. É assim que nos vemos em uma dependência. Um silencioso ciclo virtuoso. Um vício, ao contrário, embora seja capaz de levar alguém em altas ONDAS e viagens muito loucas, logo depois, passa como uma ONDA; lhe dando um caldo ou um caixote, mostrando uma vida derrotada e vazia, jogada na areia novamente.

A ONDA PERFEITA precisa ser algo com a capacidade de nos levar lá no alto e nos sustentar lá definitivamente. Mas não é necessário esperar por essa ONDA. Ela vem no momento que a chamarmos, nos carregando e conduzindo a um verdadeiro prazer de viver, uma alegria de uma ONDA de amor, não de um parceiro para um sexo momentâneo. mas sim do amor de um Pai com seu filho.

Hoje, agora, esse Pai convoca você para vestir a camisa de seu time e assinar um contrato com ele. E o seu nome é Jesus, a eterna ONDA PERFEITA.


Ricardo Pinudo foi jogador de Futebol em vários clubes do Rio. É formado como Treinador de Futebol pela Escola de Educação Física do Exército (Urca, RJ) e em Teologia pelo Seminário Betel. É fundador e coordenador do projeto Craques da Paz.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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