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Coluna Ricardo Guimarães: De Benoni a Benjamim!

Jacó mudou o destino de Benoni. Se não o fizesse ele seria filho das dores. Mas Benjamim recebeu a paternidade e, por isso, mais tarde pôde cumprir seu propósito

Ricardo Guimarães - 13/02/2018 08h15

Prezado leitor do Pleno.News, quero continuar o assunto do favor ilimitado de Deus, apresentado nas últimas semanas, mas me aprofundando na figura de Benjamim.

“Lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda. Ela concebeu, deu à luz um lho e disse: Deus me tirou o meu vexame. E lhe chamou José, dizendo: Dê-me o Senhor ainda outro filho” (Gênesis 30:22-24). “Partiram de Betel, e, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata, deu à luz Raquel um filho, cujo nascimento lhe foi a ela penoso. Em meio às dores do parto, disse-lhe a parteira: Não temas, pois ainda terás este filho. Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu- lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim” (Gênesis 35:16-18).

Nós já aprendemos que Benjamim foi o último filho de Jacó. Ele é um tipo, uma figura da Igreja no Antigo Testamento. Portanto, ele representa a última geração. Ele representa a nossa geração, que é a geração mais próxima da vinda do Senhor Jesus.

Podemos então declarar com autoridade profética que nós somos a geração Benjamim. Mas para viver essa realidade, existem algumas características que precisamos alinhar em nossas vidas. Ou seja, o que fazia parte da vida de Benjamim, precisa fazer parte de nossas vidas também.

Portanto, vamos aprender algumas características da geração de Benjamim:

É uma geração que tem uma paternidade:

Você se lembra da história de Raquel? Ela foi aquela moça por quem Jacó trabalhou 14 anos para ter o direito de casar-se com ela. Todavia, depois de casar-se com ela, Jacó descobriu que ela era estéril. Ela não conseguia ter filhos. Já a irmã dela teve muitos lhos e a menosprezava.

E, conta-nos a Bíblia que Raquel chorava, clamava, orava a Deus pedindo um filho. Até que em um belo dia, Deus resolveu atender ao clamor de Raquel e ela engravidou, tendo um filho. A esse primeiro filho ela deu o nome de José. E o que significa José? José significa “aquele que acrescenta.” Por isso, José aponta para Jesus, porque Jesus é Aquele que está sempre acrescentando coisas novas na nossa vida.

Confessar essa verdade já é algo revolucionário para nós. Portanto, aproprie-se dessa palavra e declare: “Deus vai me dar muito mais”.

“Lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda. Ela concebeu, deu à luz um filho e disse: ‘Deus me tirou o meu vexame’. E lhe chamou José, dizendo: ‘Dê-me o Senhor ainda outro filho’” (Gênesis 30:22-24).

Veja como são as mulheres, elas ficam anos desejando algo, e no dia que alcançam o que querem, já pedem outra coisa. Assim fez Raquel. Ela queria muito ter um filho, mas no dia que José nasceu, ela pediu outro a Deus. E de fato ela engravidou de novo. E quando ela estava perto de dar à luz, ela teve complicações no parto. Ela sofreu muito para que o filho pudesse nascer. E quando ela ia dar à luz percebeu que ia morrer, contudo antes de morrer ela deu o nome ao filho.

O primeiro ela chamou José. Mas o segundo ela deu o nome de Benoni. Porque na cultura judaica dar o nome é estabelecer um decreto sobre o filho. E o que significa Benoni? Significa filho da dor, filho do sofrimento. Portanto, essa deveria ser a identidade daquele menino: “filho da dor”.

Imagine quantos de nós quando nascemos recebemos um decreto de dor, de derrota, de um filho que não é amado nem esperado, que faz sofrer. O filho que veio fora de tempo. Assim deveria ser o destino daquele menino. Da mesma forma, Satanás também programou para que o destino de todos nós fosse de dor, de sofrimento. Mas quando tudo parece estar perdido vemos a paternidade entrando em ação. Jacó entrou na frente e disse: “Ele não se chamará Benoni, mas Benjamim, filho da minha alegria, filho do meu vigor, filho da minha mão direita, filho da felicidade”.

A paternidade estabelece identidade sobre uma pessoa. É a paternidade que gera e define o nosso destino. Por isso é tão importante termos uma paternidade espiritual.

Quando uma pessoa nasce de novo ela precisa de uma paternidade espiritual, precisa se alinhar a uma paternidade e receber in fluência para cumprir um propósito.

Quando um pastor ingressa no ministério ele precisa de uma paternidade espiritual. Porque o que determina a identidade é a paternidade.

Assim foi que Jacó naquele momento mudou o destino daquela criança. Se Jacó não interviesse na vida de Benoni, ele seria filho das dores e só daria tristeza. Mas Benjamim recebeu a paternidade e, por isso, mais tarde ele pôde cumprir o propósito.

Tem muita gente vivendo como filho da dor, filho do sofrimento, porque não caminha no corpo. É gente que caminha solto. Não tem uma paternidade estabelecida sobre a sua vida! Tem muita gente sofrendo porque nunca teve paternidade. Muita gente que nasceu sob um decreto de derrota, de tristeza, de sofrimento e por falta de uma paternidade espiritual aceitou os decretos de maldição, de dor, de sofrimento que foram lançados sobre ele.

Ouvi a história de um irmão que quando saiu da igreja o líder falou para ele: “Que todas as pragas do Egito venham sobre a sua vida”. E ele ficou muitos anos perambulando, sem encontrar repouso; perturbado e inconstante. Mas no dia que ele começou a caminhar conosco e se colocou debaixo de uma paternidade espiritual, sua vida foi restabelecida.

Há muita gente vagando solta, sem paternidade. Você precisa permitir que sua vida seja alinhada para receber uma identidade e cumprir o propósito. O alvo de Deus é estabelecer uma nova identidade na sua vida. Mas essa nova identidade só pode ser estabelecida através de uma paternidade. Por isso, você não pode andar solto!

No dia que Jacó disse: “O nome dele será Benjamim, será filho da felicidade”, naquele dia Jacó mudou o destino daquele menino.

Essa é a boa-nova para nós! Deus também já mudou o nosso passado de dor. Assim como Jacó, um patriarca da fé, interveio na história de Benoni, Deus interveio na sua história. Assim como Jacó disse: “Não! Ele não será filho das dores, da tristeza, ele será filho da felicidade, filho da alegria, filho da força, filho de honra”, o Senhor também mudou nosso destino.

Por mais que tenhamos sido pessoas que foram projetadas por nossos pais, Deus projetou cada um de nós. E Deus nos escolheu para sermos a geração de Benjamim, filho de felicidade. Ele quebrou a maldição da dor e do sofrimento para sermos uma geração diferente e que faz a diferença por onde quer que passe.

Veja como a Bíblia diversas vezes deixa claro que nosso destino foi mudado: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se zeram novas” (2 Coríntios 5:17).

Nós não precisamos mais viver um passado de tristeza, porque há 2 mil anos atrás sua história foi mudada na cruz do calvário. Deus já mudou minha identidade de derrota, de tristeza, para alegria, felicidade, prosperidade, bênção, vida abundante e favor ilimitado. Deus está liberando favor ilimitado para você. Esta é a boa-nova! Não importa como foi o nosso passado. Jesus lá na cruz já pagou o preço pela nossa remissão.

Nesse sentido a morte de Raquel foi importante, porque Raquel significa cordeiro, ovelha. E para que haja uma nova geração, segundo o projeto de Deus, é necessário que haja um sacrifício. E Raquel foi o sacrifício de Deus para que a geração de Benjamim se levantasse. Da mesma forma, Jesus morreu para trazer à luz a geração de Benjamim. Jesus foi o Cordeiro de Deus que levou os nossos pecados lá na cruz. Ele pagou o preço. Nós não precisamos pagar preço nenhum pela nossa remissão. Ele nos deu vida plena!

“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1:13).

Tudo o que Jesus poderia ter feito por você Ele já fez, mas quem vai ativar as realidades espirituais e estabelecer decretos de bênçãos sobre a sua vida será a sua paternidade espiritual. E quanto a você? Está disposto também a viver debaixo de uma paternidade espiritual?

Que Deus lhe abençoe!

Ricardo Guimarães é fundador e pastor presidente da Igreja Videira no Rio de Janeiro. É formado em Teologia com especialização em Homilética e Clínica Pastoral e também possui doutorado pela Faculdade de Teologia Filadélfia – Recife. Na década de 90 levantou a bandeira do movimento nacional pela pureza sexual do jovem e do adolescente, conhecido como “Quem ama Espera”.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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