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Vale fazer qualquer coisa para atrair os jovens à igreja?

Alguns pastores têm ultrapassado o limite do bem senso e criado heresias

Renato Vargens - 04/03/2020 10h24

Jovens lotam o Allianz Parque Foto: Pleno.News

Volta e meia eu vejo alguém dizendo que para atrair os jovens a igreja vale fazer qualquer coisa. Nessa perspectiva, a mensagem tem sido negociada e estruturas de entretenimento fabricadas.

Em nome de Cristo e visando a evangelização da garotada, alguns pastores têm ultrapassado o limite do bem senso e criado heresias absolutamente estapafúrdias. Outro dia, soube de uma igreja que criou a festa dos sinais. Segundo os organizadores, a proposta desta festa era evangelizar, bem como proporcionar aos jovens a possibilidade de arrumarem namorados.

Assim, num ambiente de muita música, luzes e euforia, os participantes, colocaram em seus corpos, broches ou fitas nas cores verde, amarela, ou vermelha. Segundo o pastor da igreja, a utilização destas cores traziam por si só o seguinte simbolismo: Os que usavam o vermelho estava dizendo em outras palavras que estavam impossibilitados de contrair uma nova relação; já os que portavam a cor amarela, afirmavam que estavam interessados em alguma pessoa; agora, já os que usavam o verde, estavam demonstrando a todos os participantes a sua disponibilidade para uma nova relação.

Ora, o que falar então das baladas, das festas raves, do Halloween, e outros tipos de estruturas de “evangelização”? Por acaso são lícitas? Será que eventos deste “naipe” produzem genuínas conversões entre a meninada?

Caro leitor é claro que não, até porque, a “importação” e implementação de entretenimento não podem gerar transformação no coração do pecador. Digo mais, igrejas que focam somente nesse tipo de ação “evangelística” se frustam a médio-longo prazo pelo fato de que a mensagem pregada não é forte suficiente para criar raízes no coração daqueles que se dizem convertidos.

Prezado irmão ao contrário daquilo que alguns acreditam, as Escrituras nos ensinam que o Evangelho é a única mensagem capaz de transformar a vida de quem quer que seja. Um claro exemplo disso é a Genebra de Calvino. Antes do reformador francês se estabelecer na cidade, a promiscuidade, a injustiça e todo tipo de iniquidade eram marcas inquestionáveis de uma sociedade absorta em pecado.

Existem relatos contando que os genebrinos costumam jogar pela janela os seus excrementos, isso sem falar na corrupção que os marcava significativamente. Para piorar a situação, os comerciantes de uma Genebra pré-Calvino, lesavam com enorme facilidade o cidadão, que por conseguinte, sempre que podia roubava os donos de estabelecimentos comerciais levando para suas casas o fruto do seu roubo.

Junta-se a isso o fato que a imoralidade sexual era uma das principais características da cidade, a ponto de existir uma lei que dizia que um homem só podia ter uma amante.

A ignorância e o analfabetismo também se faziam presentes entre os moradores de Genebra, que em virtude da baixa escolaridade viviam submersos num mundo desprovido de oportunidades sociais. No entanto, a história relata que quando o Evangelho chegou àquele lugar, a cidade e os homens foram absolutamente transformada.

O que falar então da Londres de Wesley e Whitefield? Os relatos históricos são espetaculares. Conta a história que o Espírito Santo mediante a pregação da Palavra convencia poderosamente os londrinos de seus delitos e pecados. Os relatos da época afirmam que indivíduos bem vestidos, amadurecidos, repentinamente gritavam como se estivessem em agonia.

Segundo a história, tanto homens como mulheres, dentro e fora dos prédios das igrejas, tremiam e caíam no chão, impactados pela mensagem do Evangelho. Os testemunhos são claros em afirmar que o poder do evangelho transformou um número incontável de pessoas mudando poderosamente a capital da Inglaterra.

Caro amigo, o que nossa juventude precisa não são de festas, bailes, baladas, micaretas e raves, o que nossa geração precisa é do Evangelho. Até porque, somente através de Cristo, os pecadores poderão ser transformados.

Pense nisso!

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 24 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes.

 

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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