Será que a virgindade é um conceito ultrapassado?
Jovens costumam sair dos cultos diretamente para a balada e da balada para o motel
Renato Vargens - 09/09/2019 10h40
Há pouco fiquei sabendo de um ginecologista que trouxe o seguinte relato:
“Antigamente algumas meninas quando vinham ao meu consultório sentiam vergonha por não serem mais virgens. Hoje a coisa mudou. As meninas quando chegam ao consultório sentem vergonha por serem virgens.”
Outro dia soube da história de uma igreja onde os jovens costumam sair dos cultos diretamente para a balada e da balada para o motel. Para estes, não existe o menor problema em fazer sexo antes do casamento, mesmo porque, segundo a sua perspectiva liberal de ser, o que importa é o amor.
Pois é, para piorar a situação, não são poucos aqueles que acreditam, que a virgindade é coisa do passado e que Deus deseja com que todos sejamos felizes, e que em virtude disso ele apoia a liberdade sexual.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 1996 a 2006 o percentual de garotas que perderam a virgindade até os 15 anos saltou de 11% para 33%. Nesta mesma faixa, 47% dos meninos já tiveram sua iniciação.
Há alguns anos surgiu nos Estados Unidos um movimento favorável a manutenção da virgindade. A ideia nasceu no início da década de 90 com o programa True Love Waits que prega a abstinência sexual até o casamento. O projeto, que percorre escolas e instituições ligadas à juventude, começou na Igreja Batista e depois foi adotado por diferentes crenças em mais 13 países. Segundo Jimmy Hester, coordenador do TLW, cerca de 3 milhões de jovens fazem parte do programa.
– Esse é o número que temos documentado. Durante as palestras, alguns adolescentes assinam nosso acordo de adesão – diz.
No início, a organização lançou uma pulseira de plástico para simbolizar a filosofia. Depois o acessório foi trocado por um pingente de prata, mas só ganhou popularidade com o “anel da pureza” – acessório que pode ser usado por meninas e meninos.
– Não fabricamos mais a joia. Atualmente há inúmeras instituições que as vendem e alguns jovens preferem desenvolver seu próprio anel – diz Hester.
Caro leitor, a relação sexual é privilégio de casais casados. As Escrituras Sagradas nos ensinam que adolescentes e jovens devem viver em estado de pureza. Creio, portanto, que essa geração precisa rever seus valores não se deixando moldar pelos pressupostos deste sistema. Somos chamados por Deus a vivermos uma vida onde a liberdade e a responsabilidade transforma-se em marcas de uma geração comprometida com seu Senhor e consigo mesma.
Pense nisso!
Renato Vargens é pastor, conferencista, tendo já pregado o Evangelho em países da América do Sul, Norte, Caribe, África e Europa. É escritor, com 24 livros publicados em língua portuguesa e 1 em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes, editor do site renatovargens, pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói e membro do conselho da Coalizão pelo Evangelho (TGC). |