Por que tenho problemas com a música Baile da Favela?
A letra é absorta em imoralidade e ainda induz ao estupro
Renato Vargens - 30/07/2021 12h39

A ginasta brasileira Rebeca Andrade, de 22 anos, conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio. Na verdade, ela conquistou a primeira medalha do Brasil na história da ginástica feminina, o que, diga-se de passagem, é um feito extraordinário. Contudo, apesar da brilhante vitória de Rebeca, a música escolhida por ela tem uma péssima mensagem.
Lançada em 2015, a canção Baile de Favela, composta e interpretada pelo paulista MC João, foi um sucesso na época e um dos hits do Ano Novo de 2016.O funk acabou voltando a receber holofotes, após ser mixado com a composição Toccata and Fugue, do alemão Johann Sebastian Bach, por ter sido a trilha que embalou a conquista da medalha de prata por Rebeca. Entretanto, Baile da Favela possui uma letra absorta em imoralidade, sem contar que a mensagem nela induz ao estupro, trata a mulher como lixo e escória, banaliza o sexo e incentiva o sexo entre menores.
Alguns dirão: “Ah, mas a versão usada pela ginasta não foi essa”. A esses respondo: Não é isso que a imprensa e boa parte da população pensam. Ouso afirmar que o mundo inteiro ouviu uma melodia de uma canção cuja letra desvaloriza a mulher, banaliza o sexo e incentiva a promiscuidade.
Agora, é interessante perceber que a imprensa – e pasmem – boa parte dos evangélicos ovacionaram a música tocada na apresentação da ginasta. Ora, não me surpreende o fato de que a imprensa, cujo viés é a antítese dos valores cristãos, celebre a letra em si. Minha surpresa é com parte dos evangélicos que, talvez por ignorância, aplaudiu essa aberração.
Parabéns a Rebeca pela medalha! Todavia, não dá para aplaudir a música por ela usada.
É o que penso, é o que digo!
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Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 32 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É membro dos conselhos do TGC Brasil e IBDR. |
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