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Os evangélicos que fazem gato e a sua grave crise de ética

De maneira alguma podemos permitir que valores antiéticos e amorais conduzam nossa vida

Renato Vargens - 25/02/2019 10h11


O relativismo definitivamente tomou conta do evangelicalismo brasileiro. A prova disso é que muitos que se dizem cristãos fazem “gato” de luz, água e internet. Outro dia fiquei sabendo da história de uma igreja que colocou um “gato” na energia elétrica com a desculpa de que não possuía condições financeiras para pagar a conta. Há pouco soube de um pastor que fez o famoso “gato net” em sua casa, a fim de desfrutar das benesses da internet.

Infelizmente, nossa sociedade encontra-se tão adoecida que, para atingir seus objetivos, se faz “qualquer negócio”. Na verdade, parece que vivemos debaixo de uma síndrome, onde o que importa é prevalecer sobre o outro, independente de que, para isso, precisemos atropelar conceitos, princípios e vidas.

Às vezes tenho a nítida impressão de que somos um país de otários, onde a corrupção, além de endêmica, tornou-se genérica. Para piorar a coisa, os evangélicos, que deveriam lutar em favor da ética e da moral, definitivamente romperam com a decência e os bons costumes.

Um outro exemplo claro disto é a quantidade impressionante de “irmãos” que vendem, compram e comercializam produtos piratas. Nas grandes cidades é assustadoramente comum encontrarmos nossos “irmãozinhos” ganhando a vida vendendo nas esquinas, CD’s e DVD’s falsificados. Até porque, para estes, os fins sempre justificam os meios.

Caro leitor, como cristãos somos desafiados a não vivermos segundo as regras deste sistema. De maneira alguma podemos permitir que valores antiéticos e amorais conduzam nossa vida.

Na perspectiva bíblica, jamais nos será permitido negociar o inegociável nem, tampouco, instrumentalizar as pessoas visando nosso sucesso pessoal. Os pressupostos do Reino nos motivam a vivermos uma vida justa, reta e moderada, onde nem sempre venceremos. Além disso, crente que faz gato net, gato de luz ou gato de água é tão desonesto quanto os políticos que roubam a nação.

E digo mais: os que usam deste subterfúgio ilícito, não possuem moral ou decência para criticar a corrupção do Brasil, pelo simples fato de que são tão ladrões quanto os políticos presos pela lava-jato.

Pense nisso!

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 24 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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