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O Conselho Nacional de Justiça e o casamento poliafetivo

A Justiça discute se é viável o registro de uniões com mais de duas pessoas. E nós, cristãos, como devemos nos posicionar diante desse fato?

Renato Vargens - 23/05/2018 13h28

O Conselho Nacional de Justiça começou a discutir, nesta terça-feira (22), se cartórios podem registrar como união estável relações que envolvam mais de duas pessoas. Com esse julgamento, o CNJ irá orientar todos os tabelionatos do país sobre como se portar diante do chamado “poliamor”. Ou seja, como agir diante de pedidos para reconhecimento de famílias que sejam compostas por três ou mais partes.

Pois é, essa é a marca do esquerdismo que relativizou o comportamento social, além de desconstruir mediante o marxismo cultural os valores da família. Diante disso, posso afirmar, sem a menor sombra de dúvida, que o nível de degradação é tão grande que muita gente já considera normal esse tipo de prática e comportamento.

Talvez ao ler este texto alguns estejam perguntando: Qual o problema de várias pessoas se amarem ao mesmo tempo? O mundo evoluiu dizem alguns, papo ultrapassado e fundamentalista esse, por acaso toda forma de amor não é lícita? Não deveriam então os cristãos apoiarem este tipo de comportamento, visto que está fundamentado no amor?

A estes eu repondo dizendo: Não, mesmo porque, as Escrituras são absolutamente claras eu rejeitar a poligamia, senão vejamos:

1. Deus estabeleceu a monogamia como padrão relacional para os homens. (Gênesis 1:27; 2:21-25)

2. As Escrituras advertem os homens a não contraírem poligamia. Veja por exemplo, o que o Senhor disse a Salomão. (1 Reis 11:2,3): “Das nações de que o Senhor tinha falado aos filhos de Israel: Não chegareis a elas, e elas não chegarão a vós; de outra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se uniu Salomão com amor. E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração”.

3. Jesus reafirmou a intenção original de Deus de um relacionamento monogâmico ao citar a Mateus 19:4,5 e ao observar que Deus “os fez homem e mulher” ajuntando-os em casamento.

4. As Escrituras ensinam que cada homem deve possuir a sua própria esposa, e cada esposa, o seu próprio marido” (1 Coríntios 7:2). De igual forma, Paulo ensinou que o líder da igreja deveria ser “esposo de uma só mulher” (1 Timóteo 3:2; 12).

Isto posto, nós cristãos rejeitamos relacionamentos deste naipe pelo fato único de que as Escrituras reprovam a poligamia.

Pense nisso!

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 24 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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