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71% dos brasileiros se dizem favoráveis à dissolução do casamento

Renato Vargens - 26/10/2020 11h43

Um esposo foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava sua esposa e que pensava em separar-se. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhes apenas uma palavra:

– Ame-a.
E calou-se.
– Mas, já não sinto nada por ela!
– Ame-a – disse-lhe novamente o sábio.

E diante do desconcerto do homem, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte: “Amar é uma decisão, não um sentimento, amar é dedicação e entrega. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverão pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame quem está ao teu lado, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire e compreenda-o. Ame!”

Uma pesquisa encomendada pelo Datafolha em 2009 revelou que 71% dos brasileiros se dizem favoráveis à dissolução do casamento. Dentre os católicos, o índice sobre para 74%. Até mesmo os evangélicos formam maioria quanto à aprovação do divórcio: são 59% entre tradicionais e pentecostais.

Caro leitor, assusta-me o fato de que cristãos evangélicos estejam relativizando substancialmente as relações conjugais. Confesso que me preocupo com as estatísticas apresentadas na pesquisa, cujos números apontam para o fato de que boa parte dos nossos irmãos tem aceitado com naturalidade a separação conjugal, não diferenciando em quase nada ao restante da sociedade brasileira. Para estes, o casamento se reduz ao sentimento, entretanto, do ponto de vista cristão amar não é somente sentir, amar é decidir.

Diante disto, não tenho a menor dúvida de que precisamos urgentemente repensar nossos comportamentos. Até porque, em hipótese alguma, nos é possível tomarmos a forma deste mundo, comportando-nos como indivíduos promíscuos e libertinos, jogando na “lata do lixo” alianças e compromissos conjugais. Infelizmente, sei de inúmeros casos de crentes e pastores que em nome de Deus já casaram e descasaram algumas vezes, demonstrando através de atitudes como estas que a sociedade brasileira experimenta uma séria e grave crise familiar.

Pois é, definitivamente nossa sociedade precisa rever seus conceitos e valores. Se continuar deste jeito, com certeza a vaca irá para o brejo.

Pense nisso!

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 26 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É membro dos conselhos do TGC Brasil e IBDR.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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