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Game of Thrones e a geração nada a ver

Definitivamente, vivemos dias difíceis em que o bom tem sido chamado de mau, a escuridão de luz, o pecado de liberdade e a santidade de moralismo

Renato Vargens - 17/04/2019 15h45


Alguém já disse que essa geração tem por ídolo a cultura. Pois é, apesar de forte, penso que essa afirmação faz sentido. A prova disso é a quantidade de crentes que não perdem um episódio sequer de Game of Thrones, dizendo que, apesar das cenas de sexo explícito, não existe o menor problema em assistir a famosa série. Na verdade, para esses irmãos, tudo é lícito.

Existem pelo menos duas expressões muito usadas por alguns nos dias de hoje que são extremamente perigosas. São elas: “Não tem nada a ver” e “O que é que tem isso?”

Pois é, quantos não são aqueles que, em nome de uma pseudo-espiritualidade, têm se afastado Senhor e dos Seus caminhos, achando que o pecado, o mundo, bem como as propostas de Satanás não têm nada a ver? Ou, quantos não são os pastores ou igrejas que, no intuito de encherem os bancos de suas congregações, dizem para seus fiéis: “O que é que tem isso de mais?”.

Caro leitor, lamentavelmente tem sido comum testemunharmos pastores, diáconos e líderes das mais variadas denominações negociando as Escrituras. Nessa perspectiva, é possível encontrarmos nos arraiais evangélicos adeptos do relativismo das Escrituras, bem como a pregação de um Evangelho utilitário e humanista, onde o que importa é a satisfação do freguês. Para nossa vergonha, os crentes não veem problemas em frequentar “sex shop”, baladas com muita pegação, fazer naturismo. Isso, é claro, se tudo estiver debaixo na nomenclatura gospel.

Definitivamente, vivemos dias difíceis em que o bom tem sido chamado de mau, a escuridão de luz, o pecado de liberdade e a santidade de moralismo. À luz dessa premissa, afirmo que a Igreja brasileira precisa urgentemente regressar às Escrituras. Aliais, como já afirmei inúmeras vezes, não possuo a menor dúvida de que as heresias e distorções teológicas de nossos dias, bem como a relativização da vida cristã, se devem ao abandono da Palavra de Deus.

Isto posto, afirmo, sem titubear, que, para que desejemos experimentar um avivamento em nosso país, torna-se indispensável entender que a Bíblia precisa, novamente, ser a nossa única e exclusiva regra de fé. Portanto, voltemos às Escrituras e nos arrependamos dos nossos equívocos e pecados. Quem sabe agindo assim, Deus tenha misericórdia da tão combalida Igreja brasileira e mude o rumo da nossa nação?

Pense nisso!

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 24 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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