Como uma mãe é capaz de participar de um crime hediondo contra o próprio filho?
O ser humano nasce em pecado, e a sua natureza é depravada
Renato Vargens - 08/04/2021 10h20
As suspeitas que pairam sobre o assassinato do menino Henry, por parte de sua mãe e do vereador do Rio de Janeiro Dr. Jairinho, é de deixar qualquer um estarrecido.
Confesso que ler os detalhes do assassinado e saber como essa criança sofreu me fizeram mal. Sem sombra de dúvida, a perversidade usada nesse crime leva-nos a um estado de terrível perplexidade.
É possível que, como eu, ao ler sobre o assassinato do menino Henry, você esteja perguntando a si mesmo: o que faz alguém cometer um crime deste naipe? Como uma mãe pode ser capaz de permitir a tortura de seu próprio filho, uma criança de 4 anos?
Após um mês de investigação, a polícia concluiu que o vereador agredia o enteado e que a mãe da criança sabia disso — pelo menos desde o dia 12 de fevereiro [a morte foi em 8 de março].
De acordo com as investigações, Jairinho dava bandas, chutes e pancadas na cabeça do menino. O laudo de necropsia aponta que o menino teve hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, e que o corpo da criança apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões.
Meu Deus, quanta dor! Pensar no sofrimento dessa criança leva a cada um de nós a perguntar por que uma mãe é capaz de participar de um crime hediondo contra o seu próprio filho?
A Bíblia diz que o homem é mau. O ser humano nasce em pecado, e a sua natureza é depravada. Os filhos de Adão, em virtude da queda, são capazes de cometer atos de extrema maldade, como os que foram cometidos com o pequeno Henry.
Ao contrário de muitos, que dizem que o homem é fruto do meio, as Escrituras nós mostram que o ser humano, independente da cor da pele, do sexo, da conta bancária e mesmo do grau de instrução, é capaz de cometer atos de extrema barbárie.
Contudo, as Escrituras também nos dizem que os magistrados foram dados por Deus para frear o mal e punir os malfeitores (Romanos 13:1-4), o que nos leva ao entendimento de que crimes contra a vida devem ser punidos com rigor pelo Estado. Portanto, se for comprovado que o menino Henry foi assassinato, seus algozes deverão pagar pelo crime cometido.
Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 32 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É membro dos conselhos do TGC Brasil e IBDR. |
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