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Aborto: O nome moderno para o sacrifício a Moloque

Desde a antiguidade as nações têm matado crianças oferecendo-as aos seus deuses

Renato Vargens - 11/08/2020 12h09

STF fará audiência pública sobre aborto

O assassinato de crianças indefesas vem de muito tempo. Na verdade, desde a antiguidade as nações têm matado crianças recém-nascidas oferecendo-as aos seus deuses. Moloque foi um destes. Esse ídolo do passado, deus dos amonitas, adorado na terra de Canaã era venerado através do sacrifício de crianças.

Moloque era representado de diversas maneiras. Às vezes, suas mãos encontravam-se bem rentes ao chão para facilitar o acolhimento de suas vítimas. Em outras ocasiões achavam-se elas de tal forma postadas que, tão logo recebiam as oferendas, em sua maioria crianças recém-nascidas, deixavam-nas cair numa fornalha onde eram carbonizadas. Há também representações e relatos de que algumas estátuas de Moloque tinham a forma de um corpo humano com a cabeça de boi, sendo que o ventre da estátua era um lugar onde o fogo era aceso e crianças queimadas vivas.


Estátua de Moloque foi exibida no Coliseu, em Roma, no início do ano

Não é a toa que as Escrituras retratam a reprovação de crime tão hediondo.

Levítico 18:21 “Não oferecerás a Moloque nenhum dos teus filhos, fazendo-o passar pelo fogo; nem profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor.”

Levítico 20:2 “Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros peregrinos em Israel, que der de seus filhos a Moloque, certamente será morto; o povo da terra o apedrejará.”

1 Reis 11:7 “Nesse tempo edificou Salomão um alto a Quemós, abominação dos moabitas, sobre e monte que está diante de Jerusalém, e a Moloque, abominação dos amonitas.”

2 Reis 23:10 “Profanou a Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém fosse passar seu filho ou sua filha pelo fogo a Moloque.”

Jeremias 32:35 “Também edificaram os altos de Baal, que estão no vale do filho de Hinom, para fazerem passar seus filhos e suas filhas pelo fogo a Moloque; o que nunca lhes ordenei, nem me passou pela mente, que fizessem tal abominação, para fazerem pecar a Judá.”

Atos 7:43 “Antes carregastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que vós fizestes para adorá-las. Desterrar-vos-ei pois, para além da Babilônia.”

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Caro leitor, hoje Moloque continua sendo adorado, só que de uma forma diferente. Na verdade, ouso afirmar que Moloque tem sido adorado através do aborto.

Sim! Isso mesmo! O aborto é a forma moderna em que crianças têm sido assassinadas e, como tal, essa é uma prática repudiada pelo Senhor.
Abortar é tirar a vida de um ser humano, visto que a Bíblia ensina que a vida começa na concepção. Deus nos forma quando estamos ainda no ventre da nossa mãe (“Tu criaste cada parte do meu corpo; tu me formaste na barriga da minha mãe.” Salmos 139:13). O profeta Jeremias e o apóstolo Paulo foram chamados por Deus antes deles terem nascido (“Antes do seu nascimento, quando você ainda estava na barriga da sua mãe, eu o escolhi e separei para que você fosse um profeta para as nações.” Jeremias 1:5); “Porém Deus, na sua graça, me escolheu antes mesmo de eu nascer e me chamou para servi-lo.” (Gálatas 1:15)

Vale a pena ressaltar que, à luz da ciência e da Bíblia, uma criança não nascida é um ser completamente formado. Toda a informação genética já foi recebida no momento da concepção. Uma criança não nascida é uma pessoa completamente distinta da sua mãe. O bebê desenvolve todas as suas características humanas quando está no ventre. Os cromossomos de uma criança não nascida são únicos. Toda pessoa é uma criação singular de Deus. Jamais voltará a vida de uma criança não nascida tirada por um aborto, isto posto, abortar a vida de uma criança é desobedecer descaradamente o 6º mandamento.

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 24 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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