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A visão religiosa sobre o sexo na Idade Média

Quanto à abstinência do sexo, era ensinado que não se poderia ter relacionamentos sexuais nos dias santos

Renato Vargens - 06/05/2019 10h17


Na Idade Média, a visão sobre o sexo era absolutamente equivocada. Graciano, monge italiano que viveu no final do Século XI, pregava que o Espírito Santo saía do quarto quando o casal praticava o ato sexual. Quanto à abstinência do sexo, era ensinado que não se poderia ter relacionamentos sexuais nos dias santos, como também em alguns dias úteis da semana como, quinta-feira, porque Jesus fora preso numa quinta. Em respeito à crucificação, não se podia ter relações nas sextas-feiras. O ato também não podia ser praticado no sábado porque, tradicionalmente, era o dia dedicado à Virgem Maria. Naturalmente, no domingo, também não seria possível, porque Jesus ressuscitou num domingo. Também não na segunda-feira, em respeito aos falecidos. Sobravam então a terça e a quarta-feira, quando os casais poderiam praticar sexo, com vistas à procriação.

A Reforma Protestante do Século XVI desenvolveu uma Teologia da Sexualidade, observando que o homem e a mulher têm necessidades de ordem sexual a nível físico, emocional e espiritual, contrapondo-se à ignorância, à desinformação e à má orientação das idéias relacionados ao sexo. A coisa era tão complicada que era comum encontrar senhoras idosas que eram verdadeiras “propagadoras da frigidez”. Tais mulheres visitavam as noivas antes do casamento para informá-las acerca do que se chamava “os fatos da vida”, bem como que o ato sexual era do casamento a parte mais desagradável e detestável. Entretanto, diziam a todas as esposas que elas tinham que se conformar com tal situação.

Caro leitor, a sexualidade sempre foi um assunto extremamente polêmico e, infelizmente, é a causa de muitos problemas conjugais, inclusive entre os cristãos. Entretanto, ao contrário do que afirma alguns desvairados, Deus gosta de ver seus filhos aproveitando a bênção do sexo, até porque, do ponto de vista bíblico, o Criador nos deu o sexo para que houvesse satisfação e prazer.

Nesta perspectiva, afirmo que o sexo não é sujo nem tampouco os que o praticam desagradam ao Senhor. O sexo é uma benção de Deus para o matrimônio, e não fora dele. Desfrutar de relações íntimas e sexuais é privilégio de casais casados, e os que o fazem, desfrutam do maravilhoso propósito de Deus.

Pense nisso!

Renato Vargens é pastor, conferencista, tendo já pregado o Evangelho em países da América do Sul, Norte, Caribe, África e Europa. É escritor, com 24 livros publicados em língua portuguesa e 1 em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes, editor do site renatovargens, pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói e membro do conselho da Coalizão pelo Evangelho (TGC).
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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