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5 razões porque não devemos tocar música secular no culto

O culto deve ser oferecido a Deus e não a nós mesmos

Renato Vargens - 03/10/2018 10h02

Ultimamente tenho lido que algumas igrejas evangélicas tem no seu momento de louvor tocado músicas seculares. Lamentavelmente tornou-se comum o povo de Deus em meio a adoração, cantar as canções de artistas como Tribalistas, Tim Maia, Raul Seixas, Chico Buarque, Jota Quest e outros compositores da música popular brasileira.

Diante desse fato inusitado a pergunta que fazemos é: Será isso correto? Por acaso está certo entoar canções deste naipe nos cultos evangélicos?

Bom, antes de qualquer coisa é preciso afirmar que não sou dualista sacralizando algumas atitudes e comportamentos bem como demonizando outros. Alias, como reformado acredito que Deus estabeleceu o conceito de graça comum, e que essa é a fonte de toda cultura e virtude que encontramos entre os homens. Em outras palavras isto significa que Deus em sua infinita graça e bondade concedeu aos homens a capacidade de fazer coisas boas, dentre as quais podemos enumerar os talentos para a arte, música, oratória, literatura, arquitetura, comércio, invenções e etc.

Caro leitor do Pleno.News, o fato da graça comum ser uma doutrina, no meu ponto de vista inquestionável, isso não me dá o direito de entoar canções seculares no culto.

Veja abaixo cinco motivos pelos quais acredito que não devemos entoar essas canções em nossos cultos:

  1. As canções seculares não foram compostas para a glória de Deus. Na verdade, a base e constituição delas fundamenta-se exclusivamente no bem-estar humano.
  2. As canções seculares não servem para adoração congregacional, visto não terem sido compostas por alguém regenerado pelo Espírito Santo. Nessa perspectiva, o mesmo que entoa uma canção cuja letra dignifica Deus ou as causas do Reino, é o mesmo que canta cânticos com impropérios e blasfêmias absolutamente antagônicas ao modelo de adoração ensinado pelas Escrituras.
  3. As canções seculares não servem para a adoração congregacional visto que o simples fato de entoá-las em nossos ajuntamentos aponta para a secularização da Igreja, bem como a implementação dos valores deste mundo, cujo foco é o bem-estar de quem canta e não a glória de Deus.
  4. As canções seculares não servem para a adoração congregacional pelo fato de sua base, inspiração e objetivo ser promover entretenimento e satisfação do ouvinte, isso sem falar, é claro, da proposta política e ideológica encontradas em algumas delas.
  5. As canções seculares não servem para a adoração congregacional, pelo fato de que todas as vezes que louvores congregacionais foram entoados pelo povo de Deus, (tanto no Antigo como no Novo Testamento) foram feitos por aqueles que o Senhor anteriormente havia salvado. Para confirmarmos essa premissa basta olharmos para o livros de Salmos e Apocalipse que não veremos um louvor sequer com músicas não compostas por crentes no Senhor.

Isto posto, concluo dizendo que estão equivocados todos aqueles que defendem, entoam e cantam músicas seculares em seus cultos e que mais do que nunca devemos referendar nossas liturgias e comportamentos na infalível Palavra do Senhor contrapondo-nos assim a qualquer ensino que fira a santidade de Deus.

Lembre-se: o culto é oferecido a Deus e não a nós mesmos! Quem tem que ser glorificado é Ele!

Pense nisso!

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 24 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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