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Um papo sério sobre depressão

Hoje, essa doença ainda é um tabu para muitas famílias e, pior, também para alguns cristãos

Pr. Lucas - 27/08/2018 14h54

Olá, meu caro leitor e leitora do Pleno.News, se puder, sente, se apodere de uma xícara de café e leia este artigo com toda a calma.

Como você já leu no título, quero hoje conversar sobre uma doença muito séria: a depressão. Não muito antigamente, infelizmente, essa doença tinha outro nome. Muitas pessoas a chamavam de “frescura”. Você já deve ter ouvido falar…

Lamentavelmente, hoje, a depressão ainda é um tabu para muitas famílias e, pior, também para alguns cristãos.

Antes de falarmos sobre esse assunto, quero pontuar alguns sintomas e tipos da doença:

ESTRESSE
Pressão ou tensão que é resultado de uma situação difícil. O estresse pode ser físico, emocional, psicológico ou uma combinação dos três.

DEPRESSÃO
Distúrbio mental caracterizado por depressão persistente ou perda de interesse em atividades, prejudicando significativamente o dia a dia. Os sintomas podem incluir, a depressão, o choro excessivo. A falta de apetite em situações assim é alto muito comum.

TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE
Denota uma depressão branda, porém de duração longa. Os sintomas podem incluir: baixa autoestima, indecisão, perda de interesse.

TRANSTORNO AFETIVO SAZONAL
Transtorno de humor caracterizado por depressão que ocorre na mesma época do ano. Os sintomas podem incluir: alterações do apetite, perda de interesse, privação de sono.

DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Depressão que ocorre após o parto. Os sintomas podem incluir: repetição incessante de pensamentos, desesperança, pensamentos de tristeza indesejados.

Além desses, há outros tipos de depressão como:

  • Transtorno Bipolar
  • Depressão psicótica
  • Síndrome do pânico
  • Distimia
  • Ansiedade

Esses são os tipos mais comuns.

É importante mencionar que os quadros depressivos são involuntários. Eles, geralmente, são fruto de uma vida dura, com muito estresse e pressão. Outro fator que pode desencadear um quadro depressivo, é a hereditariedade. Muitas pessoas recebem, de forma hereditária, traços emocionais que caracterizam depressão.

E, uma coisa é fato: não há como negar a expansão dessa doença nos últimos anos. Cada vez mais encontramos todo o tipo de pessoas sofrendo com esse mal.

Eu penso que a maior dificuldade desse tipo de doença é a velocidade de seu tratamento. Infelizmente, não é simples o diagnóstico. Às vezes, se bate varias vezes na trave até se ter a compressão correta dos sentimentos e das dores sofridas pelo paciente.

Outro ponto difícil que vejo é quando o tratamento é psiquiátrico e as prescrições médicas nem sempre acertam de primeira. Muitas vezes, é necessário trocar várias vezes de medicação até se encontrar o remédio certo e a dosagem correta. Esse não é um tratamento imediatista.

Agora, o maior tabu de todos é o pensamento de que psiquiatra é médico de louco! Em pleno século 21 ainda tem muita gente que pensa assim. Mas essa é uma grande mentira! O psiquiatra, assim como qualquer outro médico, trata de forma preventiva e corretiva. No caso, uma doença de ordem mental. E não, ela não é loucura.

Na maioria dos casos, a ideia é medicar para evitar a piora do quadro do paciente. Alguns casos se trata apenas com terapia, ou seja, com a ajuda do psicólogo. Outros somente com o psiquiatra. E há ainda um terceiro tipo de tratamento que precisa aliar o psicólogo e o psiquiatra.

Explicando: a terapia é um tratamento que ajuda o paciente a se descobrir. A terapia busca as raízes desses sentimentos de tristeza e desmotivação involuntários. Já a psiquiatria trata da causa em si por meios de prescrições médicas.

Agora… A Igreja, muitas vezes, interpreta de forma equivocada os casos de depressão. Algumas igrejas aceitam as enfermidades da cabeça para baixo como doença. Mas se a doença for da cabeça pra cima já é demônio. Isso é um erro! É possível sim que Satanás se utilize da fragilidade emocional de alguém para ampliar a sua dor, mas as coisas precisam ser enfrentadas de acordo com a real causa delas.

Na Bíblia, encontramos alguns apontamentos que caracterizam o quadro depressivo. É claro que você não vai encontrar esses casos com o nome de depressão, mas pode enxergar os sintomas dessa doença em alguns personagens. Vamos ver isso?

  • Jeremias é conhecido como o profeta chorão. Constantemente ele sofre quadros de angústia por causa do pecado de seu povo.
  • Davi sofreu profundamente as pressões de Saul, ele escreve muitos salmos que retratam uma angústia profunda.
  • Elias é o quadro mais expressivo de depressão, que encontramos, pois ele chegou a pedir a morte.

Enfim… a verdade é que quanto mais as pressões aumentam, ou mais cargas emocionais nós recebemos, sofremos. E, mesmo crendo em Deus, indo à igreja, orando fervorosamente, precisamos tomar os devidos cuidados e ficarmos atentos à qualidade de vida, ao equilíbrio dos compromissos.

Deus lhe deu a vida para que você seja o administrador dela. Precisamos buscar uma forma de vivermos de modo que descartemos todo compromisso que não seja essencial, porque se não tomarmos cuidado, tudo em nossa se tornará um fardo. Um grande peso para gerenciarmos.

Para evitar depressão, você precisa ser um controlar bem o seu tempo, os seus níveis de comprometimento, as suas prioridades, as tarefas, a sua qualidade de vida com as coisas certas.

Mas se hoje você estiver angustiado, com medo, sofrendo sem conseguir dominar suas emoções, lhe aconselho a, por favor, procurar um médico.

E se você conhece alguém passando por essa situação, por favor, não julgue, não discrimine. Mas sim, acolha e ajude.

Pastor Lucas nasceu em Santa Vitória, em Minas Gerais. Sua carreira de compositor começou em 2011. Há quatro anos como cantor, lançou três CDs. Congrega na Comunidade Evangélica Vida no Altar, em São Paulo. É casado com Thaisa Rahmé e pai de Gabriel e Samuel.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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