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Opinião Pr. Lucas: A política é bíblica? Ou… um cristão deve se envolver com política?

A política tem sido um assunto pesado para nós, pois estamos vendo tanta corrupção que nossa primeira reação é de desprezo e descompromisso. E muitos perguntam: um cristão deve se misturar com tudo isso?

Pr. Lucas - 16/04/2018 12h49

Meu caro leitor do Pleno.News, venho pedir que, se esses artigos que escrevo tem sido esclarecedores a você, por favor, compartilhe através de suas mídias sociais. Desde já deixo aqui meu agradecimento.

Hoje, quero objetivamente dizer: a política está presente em toda a Bíblia, inclusive, Jesus se beneficiou dela!

Sim, é isso mesmo! Jesus se utilizou da política pra fazer cumprir as Escrituras.

(Estou rindo… pois queria ver sua expressão agora. 🙂 )

É notório que a política tem sido um assunto pesado para nós, pois estamos vendo tanta corrupção que nossa primeira reação é de desprezo e descompromisso com a política. Porém, quero chamar sua atenção, porque estando nós, a população, engajados na política ou não, é só por meio dela que construímos ou destruímos nossa Nação! Eu quero pedir que você não ignore, não seja descomprometido, não recue, mas se engaje, porque precisamos da política para criar o país com o qual sonhamos.

Deixe-me mostrar a você como a política é presente na Bíblia.

Primeiro, eu quero afirmar que a Bíblia é a Constituição de um governo chamado REINO DE DEUS. Na Bíblia temos leis civis, morais, temos parâmetros para usufruirmos desse governo. A Bíblia nada mais é que isso: a constituição de um governo.

Entre muitas histórias bíblicas, quero destacar duas delas, em que a política é o meio pelo qual as coisas naturais e espirituais acontecem.

A primeira história que quero analisar é muito conhecida. A história de Daniel. Principalmente o trecho em que ele é jogado na cova dos leões. Aqui temos um cenário que quero mostrá-lo pra você.

No texto abaixo, você verá comigo, como o parlamento usou de má-fé e criou uma lei por meio de emendas constitucionais, para estabelecer a proibição da adoração e culto em um país. Olha que interessante, leia comigo:

“Todos os príncipes do reino, os prefeitos e presidentes, capitães e governadores tomaram conselho, a fim de estabelecerem um edito real e fazerem firme este mandamento: que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões” (Daniel 6:7).

Daniel foi impedido de orar e cultuar a Deus por causa de um decreto político.

Perceba como a política é importante. Uma caneta e um papel ganham a força de uma lei quando, politicamente, ela é aprovada. Isso nos mostra porque Deus tem levantado alguns homens para estar na política com o objetivo de proteger o corpo de Cristo que é a Igreja.

Você deve estar se perguntando:
– Mas Deus se envolve com a política?

E eu respondo:
– Totalmente.

Agora vejamos o desfecho dessa história, onde Deus revela a Sua Glória a toda aquela nação, pelo viés político. Pois, depois de Daniel ter sido livrado da cova dos leões, o rei fez uma nova emenda, aprovando uma nova lei e emitiu um decreto oposto ao anterior.

“Então, o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e gente de diferentes línguas, que moram em toda a terra: A paz vos seja multiplicada! Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim. Ele livra, e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele livrou Daniel do poder dos leões. Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa” (Daniel 6:25-28).

Vamos analisar: se o rei, simplesmente reconhecesse que Deus havia livrado Daniel, mas ele não fosse um canal político nem fizesse esse novo decreto, aquela nação continuaria sem permissão de cultuar a Deus. Mas por causa do decreto do rei, de uma lei aprovada, toda uma nação reconheceu o poder do Senhor!

Vamos a mais um exemplo, agora no Novo Testamento.

Você sabia que Jesus tinha dois discípulos políticos? E que ele os recebia em secreto e à noite? Quer conhecer esses personagens?

“E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: ‘Rabi…'” (João 3:1,2).

Olha quem sempre ia junto com Nicodemos:

“Depois disto, José de Arimateia (o que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou o corpo de Jesus. E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis dum composto de mirra e aloés” (João 19: 38,39).

José de Arimateia era senador. “Chegou José de Arimateia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus” (Marcos 15:43).

Veja que interessante! Jesus discipulava, em secreto um senador. Por quê? Primeiro, porque nem a Igreja nem o povo enxergariam Jesus com bons olhos ao vê-lo andando com um político. Por isso, Jesus o fazia em secreto.

Mas quando o corpo de Jesus estava exposto na cruz, para ser sepultado como indigente, foi por viés político que o seu corpo (que hoje representa a Igreja) foi protegido e sepultado conforme previa as Escrituras.

Se Pedro, o pescador, fosse tentar falar com o alto escalão do governo, no caso Pilatos, não seria atendido. Se Maria, a mãe de Jesus, fosse falar com o governo, não seria atendida. Então, Jesus, antecipadamente, discipula um político, porque na sua morte, ele precisaria de permissão estatutária, de autorização legal, de permissão governamental, para guardar seu corpo.

Hoje, Deus precisa de Josés de Arimateia que protejam o corpo de Cristo quando este é exposto pelos diversos grupos que querem o fim da Igreja!

Se a Igreja purifica os jovens, os casamentos, a família, ela também pode trazer pureza à política. Nenhum cristão poderá agir fora da lei, pois se o fizer estará em pecado! Então, que possamos fazer as leis deste país. Pois, precisamos de homens e mulheres que tenham o caráter de Cristo na política.

Pense nisto e que Deus o abençoe!

Pastor Lucas nasceu em Santa Vitória, em Minas Gerais. Sua carreira de compositor começou em 2011. Há quatro anos como cantor, lançou três CDs. Congrega na Comunidade Evangélica Vida no Altar, em São Paulo. É casado com Thaisa Rahmé e pai de Gabriel e Samuel.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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