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Coluna Pr. Lucas: E aí? Vai curtir a festa? 

Já pensou nisso? Se juntássemos toda a grana do governo, do tráfico, da prostituição, do turismo investidas no carnaval quanto poderíamos fazer pelo nosso país?

Pr. Lucas - 12/02/2018 11h30

Querido leitor do Pleno.News, quero hoje fazer uma reflexão com você. Me permita usar você, como o personagem principal desse situação hipotética. Ok?

Imagine que você, sua esposa(o), seus filhos, seus pais, seus tios, primos e primas, fazem uma festa anual no seu bairro. Nessa festa, vocês gastam tudo do orçamento familiar. Logo, gastam mais do que o que têm para o ano todo. Sendo assim, realizam um festão. Imagine mais comigo; nessa festa, você contrata dançarinas que dançam seminuas, com figurinos hipersensuais, aos olhos de todos os seus filhos e sobrinhos. Há também muita bebida e diversão. Assim, essa festa fica famosa em seu bairro e aí, as pessoas começam a ter o interesse em participar de sua festa. Logo, você decide abrir a sua casa, uma vez ao ano, para festejar com todos quantos quiserem participar.

Então, você prepara o ambiente; contrata mais dançarinas e dançarinos, coloca uma banda ao vivo, faz uma parceria com a adega local para o abastecimento de bebidas, faz um empréstimo bancário para investir em sua festa, mesmo que isso comprometa o seu orçamento; mas agora sua festa está tão top que ela toma amplitudes enormes.

Nesse ponto, uma empresa de viagens passa a vender um pacote de viagens que já inclui sua festa; depois, uma agência de dançarinos faz contato para oferecer um show em sua festa; também uma empresa clandestina, sabendo do seu evento, regado a bebidas e sexo fácil, vende pacotes de acompanhantes sexuais para os visitantes de sua festa. Rapidamente, um traficante de drogas que atuava em um bairro próximo, decide se infiltrar e vender drogas para seus convidados; assim, ele vende mais em sua festa do que vende o ano inteiro em sua pequena boca no bairro ao lado.

Então, imagine que sua festa chegou ao ponto de ser muito lucrativa, e você, que antes só gastava, já pode vender espaços VIP, e arrecadar mais grana ainda. Só que a polícia local está sabendo das coisas ilícitas da sua festa e passa a interferir.

É quando você faz um acordo, por meio de propinas, para a polícia dar segurança à sua festa e mascarar a venda ilegal de drogas, a venda de bebidas para menores, o sexo ilícito e também proteger todas os serviços clandestinos que usam da notoriedade da sua festa para lucrarem!

Assim, a sua festa continua crescendo… e, em função da demanda do desejo dos convidados, você vai ampliando a fábrica de desejos que sua festa pode proporcionar. E, isso vai crescendo, crescendo e crescendo.

Até que sua festa gera os seguintes índices: o que sua cidade não faz o ano todo, você faz em sua festa. E, na verdade, em ações potencializadas. As situações são muitas: jovens que entram em coma alcoólico, por causa de bebidas; grande tráfico de drogas; pacotes de prostituição infantil; gravidezes; doenças sexualmente transmissíveis sendo proliferadas; lucratividade; assassinatos; acidentes diversos; principalmente de veículos sendo dirigidos por pessoas alcoolizadas, estupros, violência etc…

Pense um pouco… O que você acha dessa festa? Se você soubesse que sua festa causaria tudo isso, você continuaria a fazê-la?

Então, deixe eu dar uma notícia para você: Nós fazemos essa festa todos os anos. Nós patrocinamos essa festa anual, aqui no Brasil. A festa chamada CARNAVAL.

O Brasil é visto pelos estrangeiros como um um paraíso para o sexo fácil, para as drogas ilícitas e para a satisfação carnal. Empresas do mundo todo lucram vendendo pacotes de prostituição infantil, acompanhantes de luxo e outras tantas perversões.

Agora minha pergunta é: E aí? Você vai curtir essa festa?

Eu não sei você já pensou nisso, mas se juntássemos toda a grana que o governo investe, mais a grana do tráfico, mais a grana da prostituição, mais a grana do turismo, isso já daria para construir muitas escolas, ou melhorar absurdamente o saúde do Brasil, e dar, para toda a população, a dose completa da vacina contra a febre amarela, por exemplo.

Agora, se juntássemos a grana do carnaval mais a grana de corrupção política, aí, meus amigos, daria para comprarmos outro planeta.

Pastor Lucas nasceu em Santa Vitória, em Minas Gerais. Sua carreira de compositor começou em 2011. Há quatro anos como cantor, lançou três CDs. Congrega na Comunidade Evangélica Vida no Altar, em São Paulo. É casado com Thaisa Rahmé e pai de Gabriel e Samuel.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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