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Se punem Maurício Souza hoje, o que farão com os pastores amanhã?

Chamo atenção para o fato de que a legislação atual não garante mais a mesma segurança que tínhamos no passado.

Marisa Lobo - 03/11/2021 10h20

Maurício Souza Foto: Arquivo pessoal

Quem milita nas causas culturais há muitos anos, como eu, sabe que a reação absurda a um comentário feito pelo jogador de vôlei Maurício Souza sobre o novo personagem do Superman, que é bissexual, é fruto de uma agenda ideológica que vem sendo implantada na sociedade ao longo de vários anos, gradualmente e com vários propósitos.

Não sei disso apenas por conhecimento teórico, mas por experiência de vida, pois eu mesma já fui vítima diversas vezes do “cancelamento” virtual e até judicial, por meio de processos movidos por grupos de ativistas LGBTs contra mim. Eles tentaram cassar o meu registro de psicóloga por meio de falsas acusações, mas não conseguiram.

Esse é o tipo de coisa que já vinha acontecendo, está ocorrendo agora e continuará a ocorrer, em maior gravidade, com qualquer pessoa que se levantar contra a ditadura do “politicamente correto”, como fez o Maurício, ao fazer um simples comentário sobre o personagem do Superman bissexual. E, nesse quesito, chamo sua atenção para o fato de que a legislação atual não garante mais a mesma segurança que tínhamos no passado.

Muito embora a Constituição Federal, em seu Art. 5°, nos parágrafos IV, VI e IX, afirme garantir a liberdade de expressão, de consciência, crença, liberdade religiosa, produção intelectual (científica) e de comunicação, já existe no Brasil uma jurisprudência sendo construída no sentido de punir pessoas pela falaciosa acusação de “homofobia” e/ou de “discurso de ódio”.

Além disso, diversos projetos de lei já foram criados nos mesmos moldes do antigo PL122 – contra o qual fui uma das denunciadoras na época da sua tramitação, em 2012, como simples defensora do conservadorismo no Congresso Nacional, ao lado de pessoas como o pastor Marco Feliciano e do então deputado Jair Bolsonaro.

Esses projetos têm por finalidade transformar a opinião sobre comportamentos e moralidades em crime de “ódio” e “discriminação”. E engana-se quem pensa que os líderes religiosos estarão imunes a isso. A intenção do ativismo LGBT (não confundir com pessoas) não é conviver com o diferente de modo respeitoso, mas sim moldar a forma como a sociedade deve enxergar a natureza do comportamento humano.

E, para isso acontecer, eliminar a pregação religiosa sobre o que a Bíblia ensina sobre família e sexualidade é um passo necessário. A intenção é fazer isso por meio da manipulação dos conceitos de “discurso de ódio” e “discriminação”, de modo que os pastores, padres e líderes cristãos em geral passem a sentir-se intimidados de pregar os trechos da Palavra de Deus que abordam esses assuntos, o que já é uma realidade!

Portanto, como também já escrevi em outro artigo esta semana, o massacre virtual de uma minoria autoritária sobre Maurício Souza é só mais uma prova do que poderá acontecer com os pastores amanhã, caso a Igreja e a sociedade em geral não se levantem agora para defender o cumprimento à risca, ao pé da letra, de todo o Art. 5° da Constituição Federal.

Se agora estão fazendo isso com um atleta renomado e mundialmente conhecido como o Maurício, o que poderão fazer com “pequenos” líderes religiosos de comunidades, anônimos e sem visibilidade, para obter algum apoio moral e judicial?

Hoje já vemos pastores sendo acusados injustamente por posicionamentos semelhantes, tendo de prestar esclarecimentos em delegacias, como ocorreu recentemente com o querido Jorge Linhares, após dizer que “menino nasce menino, e menina nasce menina”. Amanhã, se não reagirmos agora, será muito pior!

Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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