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Recordes de apreensão de drogas significam mais segurança nas ruas e nas famílias

Em 2021, o aumento da apreensão de cocaína foi de 125% em relação a 2020

Marisa Lobo - 03/05/2022 11h58

O Brasil vem batendo recordes de apreensão de drogas Foto: Divulgação/Polícia Federal

No artigo de hoje, quero tentar explicar o motivo pelo qual a política de segurança pública do governo Jair Bolsonaro tem sido tão importante para o nosso país, especialmente no que envolve o combate às drogas. Como ativista pela vida e Coordenadora Nacional do Movimento Maconha Não, me sinto no dever de fazer algumas pontuações.

Desde o primeiro ano da atual gestão, em 2019, o Brasil vem batendo recordes de apreensão de drogas. Naquele ano, a Receita Federal retirou de circulação, por exemplo, 47,1 toneladas de cocaína de janeiro a outubro. O resultado superou em quase 50% as 31,5 toneladas apreendidas em todo o ano de 2018.

Já havia uma tendência de crescimento do número de apreensões, seguida nos últimos quatro anos até então. Contudo, a manutenção desse trabalho, elevando os números a patamares recordes, é onde está a nossa atenção e onde entra o atual governo.

Só no primeiro semestre de 2020, por exemplo, foram apreendidas mais de 92,5 toneladas de cocaína e 1,2 mil toneladas de maconha. Além disso, também foram apreendidos mais de um R$ 1 bilhão em bens de traficantes, os quais vão de mansões a embarcações, dinheiro em espécie e veículos diversos.

Já em 2021, o aumento da apreensão de cocaína foi de nada menos que 125% em relação a 2020, segundo dados do VIGIA (Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas). Também em termos de bens do tráfico, o prejuízo chegou a R$ 2 bilhões, segundo o Ministério da Justiça.

Agora neste ano, 2022, só em janeiro, o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) fez a maior apreensão de maconha do Brasil; foram 18 toneladas! Enquanto isso, aeroportos e fronteiras seguem a tendência dos anos anteriores, aumentando a apreensão de entorpecentes e bens do tráfico. Agora, o que tudo isso significa, afinal?

Redução de homicídios
A primeira coisa que devemos ter em mente, como resultado do combate ao trágico, é a redução da violência de modo geral. Isso, porque, a droga motiva o crime; desde os pequenos delitos, como furtos e assaltos nas ruas, aos mais graves como assassinatos.

O menor número de drogas nas ruas tende a resultar em menor número de usuários circulando, pois o consumo da droga muitas vezes está associado à prática do delito. Em 2019, o Brasil registrou uma queda de 19% do número de homicídios, o maior da série histórica.

Em 2020, houve um aumento de 5%, segundo o índice nacional de homicídios criado pelo portal G1. A pandemia, contudo, trouxe um contexto atípico para a nossa sociedade, de instabilidade e apreensão em muitos sentidos, o que pode ter refletido sobre os números. É preciso uma avaliação mais profunda para termos essa certeza, por isso não afirmo que sim ou não.

Todavia, já em 2021, tivemos uma queda de 7% no número de homicídios, a maior desde 2007, fazendo o nosso país voltar ao patamar de 2019, quando a queda comparada ao ano anterior foi de 19%.

Impacto nas famílias
Se temos menos drogas em circulação, consequentemente a família se torna mais protegida, pois a oferta de risco para os jovens diminui. Pelo menos essa é a expectativa. Temos aqui, portanto, uma conjuntura de fatos interligados, onde um influencia o outro.

A droga que chega aos nossos jovens, tanto nas ruas como nas baladas, atravessa fronteiras, rodovias e aeroportos do país. Se cortamos essa linha de fornecimento, ou ao menos a dificultamos, consequentemente, impactamos toda a cadeia de compra e consumo e na segurança social como um todo.

Anderson Poddis, chefe da Coordenação-Geral de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal (CGCOM), comentou sobre isso, segundo uma matéria publicada pela BBC em 2020: “A droga nunca anda sozinha. Há outros ilícitos que orbitam o comércio de drogas, como tráfico de armas, lutas por territórios, furto e roubo de veículos (usados para compra de entorpecentes)”, disse ele.

Financiamento da corrupção
Outro aspecto importante para destacarmos é o impacto gerado no combate à corrupção. Em uma matéria publicada pelo UOL em 2018, por exemplo, foi apontado que a Polícia Federal viu indícios “de que dinheiro do narcotráfico foi para políticos corruptos”.

Essa é uma realidade que para quem conhece o tema, não é novidade. O tráfico, de fato, financia parte da corrupção política, porque muitos que entram para a vida pública são marionetes de grupos criminosos que usam a máquina pública para seus interesses.

Esses corruptos são alimentados pelo tráfico de muitas formas, como por intermédio da lavagem de dinheiro e de bens. Tudo está interligado. É por isso que o atual governo vem incomodando muita gente, mais do que imaginamos, não apenas no ambiente político, mas fora dele.

Concluo dizendo que, para mim, é motivo de muito orgulho poder acreditar em um governo que entende a logística do crime organizado e está fazendo a sua parte para desmantelá-la. Isso explica muita coisa quanto aos ataques que vem enfrentando, ao mesmo tempo em que nos dá um norte a seguir.

Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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