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Para um presidente que declara ao mundo a sua fé em Deus, a luta não é só política

Bolsonaro fala em defesa dos valores cristãos e da liberdade religiosa

Marisa Lobo - 04/01/2022 16h05

Culto em Ação de Graças realizado em dezembro Foto: Alan Santos/PR

Em meu registro de memórias, não me recordo de ter visto ou ouvido um presidente brasileiro, antes do atual, dizer durante discurso na Assembleia das Nações Unidas (ONU) que acredita em Deus, defende a família e a vida humana desde a concepção. Pelo que me consta, Jair Messias Bolsonaro foi o único até então a fazer esse tipo de declaração no maior palco diplomático do planeta.

Essa atitude do presidente pode passar despercebida aos olhos e ouvidos de muitos, mas não dos cristãos mais atentos, especialmente em se tratando do Brasil, um país que, por décadas, foi governado por líderes que, em nenhum momento, fizeram questão de posicionar-se em defesa da fé cristã.

Bolsonaro não apenas já declarou a sua fé em Deus inúmeras vezes, como também já falou em defesa dos valores cristãos e da liberdade religiosa, a exemplo dos seus discursos na ONU. Para um chefe de Estado, essa postura vai muito além da simples formalidade, porque ela sinaliza uma demarcação moral e espiritual em nome de um país inteiro.

A Bíblia nos diz que os governantes que se prostram diante de Deus recebem do Senhor os frutos dessa decisão. Em 2 Crônicas 1:10, por exemplo, vemos como Salomão foi beneficiado ao fazer isso, apresentando ao Senhor um humilde pedido em função do seu povo: “Dá-me sabedoria e conhecimento, para que eu possa liderar esta nação, pois, quem pode governar este teu grande povo?”

Como cada líder corresponde a Deus em sua vida pessoal, não sabemos, pois só o Senhor conhece a mente humana. E até mesmo Salomão, que agiu inicialmente bem aos olhos do Senhor, pecou contra Ele, assim como o rei Davi. Contudo, eles não deixaram de reconhecer sua dependência de Deus.

Não somos juízes da fé alheia para dizer em que nível de relacionamento com Deus o chefe do país se encontra, mas sabemos que ele declarar ao mundo a sua fé em Jesus Cristo já é um testemunho corajoso – se comparado a outros governantes.

Quem faz isso costuma enfrentar batalhas também no mundo espiritual, pois a fé em Deus contraria tudo o que é do mal, como a desordem e o caos. Não é por acaso que o Brasil vinha sofrendo com a corrupção sistematizada. Agora, não vimos escândalos de corrupção no governo desde o início do mandato atual. Por que será?

Em Provérbios 14:34, está escrito que “a justiça engrandece a nação, mas o pecado é uma vergonha para qualquer povo”. Quem está ao lado da Justiça em nosso país? Ou o que a nossa Justiça tem feito para manter os corruptos na cadeia?

Quando olhamos para o Brasil tendo essa passagem em mente, vemos que muitos que lutam pela Justiça agora são perseguidos pela própria “Justiça” – e entre eles está um presidente que, a todo momento, tem se levantado contra os abusos dos poderes que tentam impedir o seu governo de avançar, exatamente porque essa não é só uma luta política.

Todo governo que promove a verdadeira justiça sofre perseguições, e quem o lidera se torna alvo de inúmeros ataques. O presidente da República está internado nesse momento devido a sequelas de um atentado que sofreu durante a campanha em 2018, e muitos manifestaram contra ele o desejo por sua morte. O que isso tem a ver com política? Nada!

Engana-se, portanto, quem enxerga o cenário político no Brasil apenas como uma luta pelo poder de Estado. A batalha que o pastor André Mendonça travou para ter o seu nome aprovado no Senado, para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), foi só mais um exemplo do quanto essa luta também é espiritual.

Sendo assim, oremos pelo Brasil, pois o desafio que estamos enfrentando vai muito além das fronteiras políticas. Como Igreja de Cristo, temos o dever de nos posicionar também, declarando a liberdade do nosso povo diante das hostes malignas, mediante a graça e o sangue redentores de Jesus.

Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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