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Os valores da civilização Ocidental estão sob ataque articulado

Existe neste exato momento alguma mobilização que visa a desconstrução de tudo o que herdamos da cultura judaico-cristã

Marisa Lobo - 31/10/2020 08h00

Até quando vamos assistir cenas de igrejas sendo atacadas, símbolos cristãos destruídos e vândalos tentando interromper celebração religiosa, além da manifestação de pensamento e doutrina de líderes como pastores e padres, sem ver nossas autoridades tratando essas ofensivas como verdadeiros atos de terrorismo?

Se você observar qualquer país do mundo que tem como fundamento os valores ocidentais, verá que existe neste exato momento alguma mobilização que visa a desconstrução de tudo o que herdamos da cultura judaico-cristã, e isso com algumas características que precisamos destacar:

  1. Discurso político

Não há um ataque direto contra a fé cristã. Se tratam de ataques indiretos, pois assim é mais fácil convencer que o objetivo final não é eliminar a religião, a fé em Deus, mas sim promover uma sociedade supostamente mais “tolerante” e “plural”.

O ataque direto ao cristianismo deixaria tudo muito explícito. Assim, se não podem atacar diretamente uma igreja aberta ou a pregação de um líder religioso na TV, o que fazem? Usam a narrativa política! É através do discurso político que o cristianismo vem sendo atacado e ameaçado.

Isso acontece quando cristãos proeminentes são acusados de “discurso de ódio”, por exemplo, “discriminação”, “homofobia” ou “intolerância”. Essa narrativa cria a margem necessária para a criação e imposição de leis que têm como objetivo suprimir a liberdade religiosa, filtrando o que aos olhos dos progressistas deve ser considerado “certo” ou “errado”.

  1. Discurso de “tolerância”

A outra grande narrativa que ameaça os valores da civilização Ocidental herdados do cristianismo é o discurso de “tolerância”. Muitos falam sobre ele, mas quantos conseguem definir o que é tolerância?

Nos principais dicionários que temos esse termo é o mesmo que “aceitar”, “suportar”, “conviver” com o que parece divergir das nossas ideias ou condição social. Tolerância, portanto, tem a ver com saber viver com o contrário ou divergente, desafiador, provocador, etc.

É através do discurso político que o cristianismo vem sendo atacado e ameaçado

Mas, se por um lado a definição lingüística de tolerância parece bastante objetiva e compreensível, por outro não é o que vemos na prática. Ou será que você acha tolerante um movimento que prega a igualdade racial, querer impor que outros se ajoelhem diante de seus representantes em sinal de respeito?

Ou ainda, você acha tolerante um movimento virtual que prega a censura de páginas e figuras conservadoras nas redes sociais, sites e canais de vídeos, simplesmente por considerá-los promotores de “ódio” e “desinformação”?

Eu mesma, conhecida por ser uma psicóloga cristã, já fui e ainda sou vítima de intolerância por declarar a minha fé publicamente, por defender a existência de ex-gays, assim como o direito que todos os que estão inconformados com suas identidades sexuais (egodistônicos) têm de buscar ajuda psicológica para se adequar.

A narrativa da “tolerância”, como podemos observar, é carregada de termos dúbios, abstratos, subjetivos, como “discurso de ódio” e “desinformação”. Isso acontece porque é graças a essa imprecisão de conceitos que os radicais implementam a censura, já que tudo para eles vira motivo de criminalização.

Opinião, liberdade de consciência e crença se tornaram alvos de uma narrativa persecutória, sendo esses os pilares do mundo Ocidental, porque é através da liberdade que temos em manifestar o nosso pensamento que podemos construir leis, garantias individuais, direitos e deveres.

Assim, a tentativa dos progressistas é minar o mundo Ocidental pela imposição de narrativas. O alvo principal disso são os valores judaico-cristãos e cabe à Igreja estar atenta e pronta para lidar com esses ataques. Mais de o que nunca, a nossa liberdade está em jogo, nossas famílias e o direito de propagar a nossa fé.

 

Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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