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Ódio irracional contra o presidente está se tornando algo doentio

Não foi por acaso que em 2018 o então candidato foi esfaqueado

Marisa Lobo - 26/09/2020 12h55

“Obra de arte” mostra a cabeça decepada de Bolsonaro Foto: Reprodução

No último final de semana vi uma publicação que me deixou horrorizada! Ela mostra a imagem de uma cabeça degolada do presidente Jair Bolsonaro como uma suposta obra de arte. Fiquei me perguntando até que ponto o ódio por questões políticas é capaz de produzir coisas tão bizarras quanto essa, ignorando completamente a figura do ser humano pelo simples fato de discordar dele.

Isso me lembrou da filha de Bolsonaro, a Laura. Ela tem apenas 9 anos de idade e por ventura pode chegar a ver imagens de pessoas segurando o boneco que ilustra a cabeça degolada do seu pai. O quanto essa criança deve ser forte emocionalmente para conseguir suportar toda essa onda de ataques à pessoa que ao seu lado não é o presidente, mas um simples pai.

De forma muito triste, coisas desse tipo nos mostram que o debate político já saiu da esfera pública. O objetivo para muitos não é mais discutir ideias, propostas, mas atacar pessoas, silenciar, destruir, eliminar por completo, custe o que custar. Ainda que, para isso, seja preciso incitar à violência, o crime e até a morte.

STALIN E HITLER
Como psicóloga, sei quais são os efeitos nocivos da alienação ideológica. Ao longo da história, milhões de vidas foram perdidas, por exemplo, devido as atrocidades de figuras como Josef Stalin e Adolf Hitler. Pessoas como eles não chegaram ao poder dizendo explicitamente que seriam capazes de tudo para se manter como autoridades.

Eles primeiro motivaram o ódio contra seus adversários, vistos como “inimigos” de uma causa maior, a “causa operária” e a causa da “supremacia racial”. O absurdo da morte de pessoas por causas ideológicas não se instalou do dia para a noite, ele foi construído lentamente na concepção de mundo dos seus apoiadores, processo que chamamos de alienação.

Isso não é muito diferente de quem prega o ódio contra adversários nos dias de hoje, na forma de “protestos” ou “artes” que, na prática, possuem o poder de induzir à violência, o caos social e a anarquia. A essência motivadora da alienação está nas emoções e elas, quando estimuladas de forma irracional, podem gerar de um tudo. Pois tudo passa a ser “justificável” em nome da causa.

ATITUDES IRRACIONAIS
O ódio ao presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, é irracional quando pessoas desconsideram tudo de bom que já foi feito até então, em diversos aspectos, como o da segurança pública e o da economia, que apesar de todos os problemas este ano, vem demonstrando desde 2019 força e recuperação.

É irracional do ponto de vista democrático, pois a discordância deve ser manifestada principalmente nas urnas, e não na queima da Bandeira Nacional ou depredação do patrimônio público e privado.

É irracional do ponto de vista religioso, pois não vivemos em um país teocrático, mas sim de maioria cristã. Não há qualquer lei restringindo a liberdade religiosa em nosso país. É irracional do ponto de vista político, pois oposição que não propõe meios colaborativos de crescimento, mas em vez disso atua pelo simples “prazer” de se opor, não ajuda o país, é inútil e certamente não terá o apoio da maioria nas urnas.

Por tudo isso, eu não tenho dúvida de que o ódio irracional ao presidente Jair Bolsonaro já se tornou algo alienante e, portanto, doentio, arriscando a vida dele e a dos que estão ao seu redor, incluindo apoiadores. Não foi por acaso que em 2018 o então candidato foi esfaqueado.

Precisamos voltar ao bom senso, ter equilíbrio e colocar acima das nossas diferenças o bem maior, que é o Brasil e o respeito à figura do ser humano. Faço este apelo a todos os brasileiros, em especial aos que se consideram cristãos. Esse deve ser o nosso compromisso. Mas, se em todo caso o nosso apelo não adiantar, que os verdadeiros responsáveis por promover a intolerância e a baderna em nosso país sejam devidamente responsabilizados, julgados e punidos. Justiça seja feita!

Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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