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Matéria de O Globo retrata a “masturbação infantil” como normal entre crianças

A ciência tem sido invadida por uma geração de ativistas ideológicos

Marisa Lobo - 05/04/2022 13h12

Matéria de O Globo retrata a “masturbação infantil” como normal entre crianças Foto: Pixabay

Precisamos colocar algumas coisas no seu devido lugar! Me deparei com uma matéria que me embrulhou o estômago, publicada no jornal O Globo. O seu título faz o seguinte questionamento: Por que a masturbação infantil é ainda um tabu?

De forma geral, o texto retrata a “masturbação infantil” como uma prática supostamente natural. “Vamos ser sinceros, a masturbação pode ser realmente divertida, mas acaba sendo um assunto que muitos pais se sentem constrangidos em discutir com seus filhos”, escreve a autora do artigo, Perri Klass.

Perri Klass é uma médica pediatra conceituada nos Estados Unidos. Ela escreve para várias colunas jornalísticas, em mídias como, The Washington Post e New York Times, entre outras, além de ter livros e vários artigos acadêmicos também já publicados.

Mas, não se deixe levar pelo currículo. Infelizmente, o peso de uma formação acadêmica não significa muito nos dias atuais, quando a ciência tem sido invadida por uma geração de ativistas ideológicos formada entre os anos 60, 70 e 80. Não estou dizendo que Perri faz parte dessa leva, pois seria prepotência da minha parte, tendo em vista que não conheço o seu trabalho como um todo.

Mas estou dizendo que devemos suspeitar de todos que dão indícios de que a sua formação foi influenciada e, precisamente, moldada por questões de natureza ideológica. Quando Perri retrata a “masturbação infantil” como algo “divertido”, “normal” e “saudável”, por exemplo, tenho motivos para desconfiar disso.

CRIANÇA NÃO SE MASTURBA
O grande erro de quem fala em “masturbação infantil” como algo natural está, provavelmente, na absorção dos conceitos desenvolvidos por Alfred Kinsey, considerado por muitos o pai da sexologia. Esse sujeito fez uma série de “experiências”, digamos assim, no campo da sexualidade humana, incluindo a infantil.

A autora Judith Reisman desmascarou Kinsey em seu livro chamado Kinsey: Crimes & Consequences (em português, Kinsey: Crimes & Consequências), mostrando como os seus “estudos” possuem amplas evidências de manipulação e até de abuso contra menores.

Kinsey defendeu a tese de que a criança se masturba para a obtenção do prazer sexual. Assim como ele, outros autores passaram a extrair esse opinião (errada!) a partir da observação de crianças manipulando os seus genitais, inclusive bebês. Mas, será mesmo masturbação?

Masturbação é o ato de manipular um órgão sexual em busca de satisfação erótica. Por que eu e outros autores conservadores afirmam que crianças não se masturbam? Por que a manipulação que a criança faz dos seus órgãos genitais não tem como objetivo-fim a satisfação sexual. Se trata do simples ato de explorar o seu próprio corpo; uma descoberta!

A sensação de prazer fisiológico provocada pela manipulação dos genitais é a consequência de uma descoberta corporal, esta sim natural, que nada tem a ver com a masturbação em seu sentido sexual. Isto é, como um ato deliberado estritamente destinado à satisfação sexual própria ou de outro. Esse é o ponto!

O erro de autores, como Perri, está na associação da masturbação como prática sexual ao universo infantil. Isso me parece ser um erro conceitual (não observável), mas eivado de influências ideológicas de autores como Shulamith Firestone, que em seu livro A Dialética do Sexo chega a sugerir que crianças devem ter o direito de explorar a sexualidade, na prática!

Não por acaso, Perri fez uma afirmação muito chocante, quando disse que o único problema da “masturbação infantil” seria “se envolver outras crianças sem o consentimento delas”. Como assim? Então, para ela é normal que crianças se “masturbem” umas às outras? É o que ela sugere no artigo de O Globo.

Perri Klass

A PEDOFILIA E A SEXUALIZAÇÃO PRECOCE
A grande verdade, no meu entender, é que o incentivo à “masturbação infantil”, como algo supostamente natural e saudável, é nada mais do que uma artimanha do movimento pedófilo para a sexualização precoce de crianças e adolescentes.

Quando um pai ou mãe, profissional que seja, naturaliza e retrata o ato de se masturbar como uma coisa positiva para uma criança, ele está sexualizando essa criança precocemente. Uma vez que traz para o seu mundo inocente de simples descobertas pessoais, algo que é fruto das práticas sexuais adultas; ou, no mínimo, de jovens maduros.

O resultado disso pode ser desastroso. Como psicóloga, conheci criança, de 5 anos de idade, viciada em masturbação; inclusive, envolvendo crianças menores na escola, por exemplo. Vi outra que saia da sala e ia no banheiro espiar meninos e meninas. Ela colocava objetos em sua genitália e pegava escondida filmes adultos dos seus pais.

Nas práticas pedofílicas, a masturbação é um dos principais meios de abuso infantil. Não é por acaso que matérias como essa de O Globo sejam vistas com certa naturalidade por alguns. Esse é o resultado de décadas de doutrinação sexual curricular influenciada pelo ativismo sexual pedófilo.

Por fim, não podemos confundir o desenvolvimento sexual de crianças, saudável e natural, em que a inocência e a exploração de si mesmo fazem parte, com conceitos e práticas do mundo adulto. Associar isso à masturbação que tem como objetivo-fim a satisfação sexual é sexualizar o universo infantil, erotizar crianças e sujeitá-las ao abuso sexual. Fica o meu alerta.

Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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