Dia 7 vamos às ruas pela independência, contra a tirania, a censura e a perseguição
A manifestação tem o poder de ser uma divisora de águas em nosso país
Marisa Lobo - 31/08/2021 18h08
Nunca pensei que um dia veria no Brasil um momento de tensão como o que estamos vendo nos últimos meses!
Atuando na causa do evangelho de Jesus Cristo há décadas, por meio de palestras, ministrações e publicações diversas, imaginei que veria, sim, um cenário de perseguição à liberdade religiosa, mas não o que estamos vendo atualmente, pois vai além disso.
O Brasil vive um momento em que os cristãos se tornaram alvos potenciais de depreciação/perseguição por causa de sua fé em Jesus e, mais precisamente, por defenderem os ensinamentos bíblicos que a cultura atual considera, em boa parte, como “fundamentalistas” – como, por exemplo, aqueles relativos à sexualidade bíblica, à família tradicional, à preservação da vida e ao combate ao uso de drogas.
Além dos cristãos, também se tornaram alvos de menosprezo as pessoas que se levantaram contra o monopólio da comunicação, da opinião “politicamente correta”, das medidas restritivas de caráter autoritário e de tudo o que vai contra os direitos fundamentais assegurados por uma verdadeira democracia, como a livre expressão do pensamento, por mais ácida, divergente e bélica que seja.
Nesse contexto, temos pessoas sendo censuradas por criticarem ministros do Supremo Tribunal Federal pelas redes sociais. Muitas delas vêm sendo chamadas de “propagadoras de ódio” e de “desinformação” por emitirem opiniões críticas e divergentes em relação a uma minoria poderosa que detém o controle dos grandes meios de comunicação, possui forte influência no meio político e faz parecer que também é dona da verdade.
A ciência também se tornou vítima dessa onda de autoritarismo judicial e midiático. Assim, médicos e profissionais da saúde com currículos impecáveis, reconhecidos dentro e fora do Brasil pelo trabalho que desempenham, alguns com décadas de carreira e várias publicações científicas na bagagem, como a Dra. Nise Yamaguchi, tornaram-se alvos da “patrulha totalitária” que emergiu durante a pandemia.
Portanto, todo esse cenário nos permite concluir que a manifestação marcada para o próximo 7 de setembro não é só mais uma manifestação popular. Ela tem o poder de ser uma divisora de águas em nosso país. Deverá ser um grito de liberdade contra a tirania, a censura, a perseguição e o monopólio dos meios de comunicação; um grito em defesa da nossa democracia, do respeito absoluto à Constituição Federal, com destaque para todo o artigo 5°.
A nossa manifestação será, sim, por uma nova Independência do Brasil, mas dessa vez contra os tiranos que pensam que podem controlar o nosso país e colonizar a nossa mente. Mostraremos ao mundo que, se “todo poder emana do povo”, como diz a nossa Constituição, o povo é o verdadeiro “supremo poder”, restando às instituições o respeito e à obediência rigorosa aos limites do verdadeiro Estado Democrático de Direito.
Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior. |