Senador Cristovam Buarque e a “arte” sem censura
"É por essas atitudes que vemos diversos intelectuais, no limiar de sua existência, jogarem no lixo um passado de tantas glórias"
Marco Feliciano - 20/10/2017 15h48
Hoje falarei de uma das mais respeitáveis figuras de nossa República, no Congresso Brasileiro. O notável Senador, Professor e Educador, Cristovam Buarque. Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque, para ser mais preciso.
Um homem com uma invejável e impecável biografia. Filho de pais tecelões, desde jovem ministrava aulas particulares de Física e Matemática para custear seus estudos de Engenharia Mecânica. Foi militante católico, discípulo de Herbert de Souza e primeiro reitor da Universidade de Brasília. Mais tarde, eleito Governador de Brasília, implantou o Bolsa Escola e dezenas de programas de inclusão social. Depois, foi Ministro da Educação no governo Lula. Eleito Senador tem uma atuação voltada para a educação, sendo chamado por seus pares de Senador da Educação.
Com muita tristeza no coração, hoje constato que um político brasileiro, já na casa dos 70 anos, como o Senador Cristovam Buarque, macula sua biografia se manifestando pelas redes sociais, criticando os que denunciaram a deplorável apresentação na exposição do MAM, onde uma criança foi exposta a um homem, estranho seu, nu, e, induzida pela mãe tocou o corpo dele. Triste espetáculo a que deram o apelido de “arte”.
O Senhor Senador, se manifestou com a frase “a censura começa com a nudez, depois vem a mudez”. Ora, o mais desavisado acompanhou e percebeu que ninguém censurou a performance, mas sim o fato de envolver uma criança, que o ECA protege, mesmo acompanhada dos pais. Tem-se que respeitar a faixa etária, cita o Movimento Brasil Livre como censurador, na mesma faixa de raciocínio; ou seja, maldoso, deturpando o verdadeiro sentido da manifestação do MBL que, da mesma forma, repudiou a presença da inocente criança.
É por essas atitudes que vemos diversos intelectuais, no limiar de sua existência, jogarem no lixo um passado de tantas glórias. Mas temos o dever de comentar a fim de que todos constatem que estamos atentos aos ataques malignos, a quem, nada mais fez do que tentar preservar a família e suas crianças.
Senador, meus respeitos; mas peço que Vossa Excelência reveja seus posts nas mídias sociais ou silencie e nos confirme a sua verdadeira intenção.
Marco Feliciano é pastor, foi reeleito Deputado Federal por São Paulo com quase 400 mil votos e preside a Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento. |