Os mecanismos de manipulação da opinião pública
O Ipec foi criado em fevereiro de 2021 por ex-executivos do Ibope
Marco Feliciano - 15/12/2021 13h38
Existem alguns mecanismos de manipulação da opinião pública que servem para regimes autoritários se apresentarem como paladinos da democracia.
Nos EUA, por exemplo, em meio à avassaladora preferência dos eleitores por Donald Trump, pesquisas eleitorais davam vitória a Hillary Clinton, com 92% dos votos, e 8% a Trump. As urnas, porém, provaram o contrário, e Trump foi eleito presidente da nação, em 2016.
Aqui, em terras tupiniquins, existia um instituto de pesquisa famoso, que reinou por quase 80 anos: o suntuoso IBOPE, Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, que virou Ibope Inteligência em 2014.
A designação “instituto brasileiro” dava-lhe auras de oficial, mas a empresa se envolveu em maus lençóis, após denúncias do doleiro Alberto Youssef. Então, Carlos Augusto Montenegro, então presidente do Ibope Inteligência, resolveu encerrar as atividades do instituto de pesquisa.
Mas, assim como na natureza, quando um átomo ou molécula de um organismo sobrevive, tudo pode acontecer.
A técnica em estatística Márcia Cavallari, ex-sócia do IBOPE, criou um novo instituto de pesquisa: o IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), que ressurge em um cenário propício à apresentação de resultados que conflitam com o que se vê nas ruas.
Assim, nas pesquisas desse “novo” instituto, candidatos que não podem sair às ruas sem ser hostilizados são apresentados como os preferidos da população brasileira, e há diferenças enormes nos índices de aprovação deles em relação a nomes que são aplaudidos por onde passam, enquanto estes são apresentados como estando muito abaixo nos relatórios de campo dessas pesquisas.
Esse texto é apenas uma constatação e servirá para a reflexão de pessoas preocupadas com o futuro de nosso país, que acordou do pesadelo marxista proposto por aqueles que se apresentam como baluartes da democracia, até tomarem o poder e vestirem a máscara do totalitarismo ateísta e sanguinário.
Finalizo pedindo a Deus que nos proteja de pesquisas distorcidas que, impunemente, grassam em nosso meio e que Ele derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais sobre todos brasileiros.
Marco Feliciano é pastor e está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ele também é escritor, cantor e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento. |