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O mal pode vencer por um tempo, mas sempre será derrotado pelo bem

Depois de 430 anos de escravidão, Deus mandou Moisés para libertar o povo

Marco Feliciano - 09/01/2023 19h11

Li a Bíblia Sagrada, de capa a capa, inúmeras vezes e não encontrei nenhuma citação em que o mal vencesse o bem no final. O fato é que o mal pode até vencer por um tempo, mas sempre será derrotado pelo bem.

Por exemplo, quando tudo parecia perdido, lá no Egito, depois de 430 anos de escravidão, Deus mandou Moisés para libertar o povo. O mesmo aconteceu no cativeiro da Babilônia. Uma profecia feita, 200 anos antes, deu legalidade para que os hebreus cobrassem do rei Ciro a libertação.

Modernamente, todas as estruturas de Estado que oprimiam povos, foram demolidas. Por exemplo, o muro de Berlim parecia um instrumento eterno de opressão e precisou vir o papa João Paulo II, de um país comunista, Polônia, para implementar junto com o Ocidente um forte movimento de libertação na extinta União Soviética.

Em uma abstração intelectual, consegui acessar o mundo imaginário de George Orwel em seu livro 1984. Nele, o personagem principal, Emmanoel Goldstein, o Grande Irmão, controla todos os cidadãos. “Era um dia frio e luminoso de abril, os relógios marcavam 13 horas…” assim começa a narrativa sem citar a data, pois, seria redundante ao título 1984. Quando mencionamos o título, remetemos a inúmeros fatos que pululam em nossa memória recente. O comunismo, a polícia política, o nazifascismo, a tortura.

Podemos dar uma passadinha por entre os parágrafos de Kafka, em O Processo, que conta a história de Josef K, que acorda certa manhã e se vê processado e sujeito a um longo e incompreensível processo, por um crime não especificado e a efetividade da tutela jurisdicional. Esses são princípios violados pela sistemática judiciária descrita por Kafka, na qual os princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da publicidade, da presunção de inocência, são garantias formais que na prática do processo em análise foram suprimidas pelo sistema.

Mas, graças a Deus, é apenas uma ficção! Estamos livres disso em nosso país, em 2023, pois o Brasil é pleno em democracia.

Voltando a 1984, ainda dentro do livro, observamos, ou melhor, somos observados por um olho que tudo vê, num mundo surreal, que retrata o totalitarismo, com cartazes espalhados pela nação Oceania, que mostra a figura bisonha, talvez gorda, da autoridade suprema e o slogan “O Grande Irmão está de olho em você”. E está mesmo, literalmente graças às “teletelas” espalhadas nos lugares públicos e nos recantos mais íntimos dos lares, monitorando, gravando e espionando a população como um espelho duplo, um verdadeiro big brother ficcional!

Mas repito: graças a Deus vivemos em uma democracia liberal e plena! Portanto, estamos livres de tudo isso! Então, me apresso a tirar da minha mente, neste momento, as lembranças do que li nas páginas do livro, pois já não aguento mais me lembrar de tanta opressão. Viva a liberdade!

Finalizo agradecendo a Deus por nos livrar da opressão que grassa em algumas partes do mundo, mas não por aqui! E peço que Ele derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais sobre todos nós.

Marco Feliciano é pastor e está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ele também é escritor, cantor e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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