O importante depoimento do general Dutra, na CPMI do 8 de janeiro
O militar afirmou não ter visto possibilidade de golpe pelas pessoas acampadas em frente ao quartel
Marco Feliciano - 15/09/2023 12h31

Fui um dos deputados, membros da CPMI do 8 de janeiro, entre os autores do pedido para ouvir o general Dutra, ex-comandante militar do Planalto. E, nesta quinta (14), comprovou-se o acerto dessa decisão de convocação desse militar.
O general Dutra, como bom militar que é, não tentou empurrar nada para baixo do tapete. Ele foi sincero como deve ser qualquer militar, notadamente os de alta patente. Em sua fala, o general afirmou que no 7 de Setembro de 2022 houve em torno de 600 mil pessoas na Esplanada. O que, para o tamanho da população de Brasília, é um recorde de público. Ao ser perguntado a respeito do 7 de Setembro deste ano, o militar desconversou. Mas quando citei o fato de não ter público, o general aquiesceu, com expressão de apoio à minha fala.
Já na CPMI, o depoimento do general Dutra foi importante, por partir de um militar da ativa, alta patente do Exército, destemido e que conhece os meandros do poder militar e policial. Também, vem de alguém que, pela sua autoridade como comandante militar do Planalto, pôde sentir o que acontecia e afirmou não ter visto possibilidade de golpe pelas pessoas acampadas em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, por estas não possuírem apoio de uma força armada. O que torna o crime impossível, como prevê o Código de Processo Penal.
Muito importante também foi a declaração do general Dutra de que, os manifestantes violentos do dia 8 de janeiro foram aqueles que chegaram de ônibus no dia dos fatos, não as pessoas que estavam acampadas há 60 dias na porta do quartel.
Com isso, as narrativas fantasiosas dos esquerdistas se esvaziam e perdem sentido. Como, acreditar que velhinhas com a Bíblia Sagrada nas mãos, ou mães com filhos pequenos; e ainda, velhinhos aposentados, armados com suas bengalas, pudessem oferecer perigo e derrubar um governo eleito, sem nenhuma arma. A não ser, é claro, o forte patriotismo, o pedir a Deus, em oração, que não deixe nosso país cair nas mãos do comunistas. Estes sim sanguinários, como já provaram na História, onde se instalaram.
Finalizo com a certeza de que toda verdade vira à tona e que os verdadeiros culpados serão desmascarados e o país voltará a ter a paz que tanto desejamos. E peço que Deus derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais a todo povo brasileiro pacífico e ordeiro.
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Marco Feliciano é pastor e está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ele também é escritor, cantor e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento. |