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Chefe da Santa Sé falou sem qualquer embasamento jurídico factual

Marco Feliciano - 04/04/2023 17h33

Lula e papa Francisco Foto: Ricardo Stuckert

Chefes de Estado devem ser bem assessorados em relação a informações que recebem, para que não cometam enganos ao levar notícias ao público ávido por fatos que envolvam as relações diplomáticas internacionais.

Recentemente, o papa Francisco deu uma notícia que repercutiu em todo o mundo. O pontífice afirmou que o presidente Lula foi condenado pela Justiça brasileira sem provas. O líder católico também disse que a ex-presidente Dilma é uma mulher exemplar.

No entanto, o presidente Lula foi condenado em primeira instância na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba. A sentença foi confirmada pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF 4), que aumentou a pena para 12 anos e um mês de prisão.

Posteriormente, em decisão unânime, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação de Lula e reduziu a pena para oito anos e dez meses. A condenação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal que, depois, anulou esses processos por entendimento que o foro adequado seria Brasília – para onde foi enviado os autos. Assim, o Judiciário Federal de Brasília daria prosseguimento. No entanto, isso não foi possível pela prescrição do processo.

Portanto, o papa fez declarações bombásticas em relação à atuação de nossa Justiça, sem ter sido devidamente informado pela sua chancelaria. Ou seja, sem saber da lisura da atuação de nossa Justiça em quatro instâncias, além do voto de dezenas de magistrados do mais alto quilate.

Quanto à excelentíssima presidente Dilma, ela foi submetida ao processo de impeachment pela Câmara dos Deputados, tendo seu mandato cassado por maioria de votos. Essa votação foi supervisionada por um ministro do Supremo Tribunal Federal, na figura do ministro Lewandowski.

O que quero dizer, ao relembrar todos esses fatos, é que toda a nação brasileira aguarda uma retratação por parte do Vaticano, em relação à notícia sem embasamento jurídico factual, divulgada pelo próprio chefe de Estado da Santa Sé.

Finalizo pedindo a Deus que nos proteja das notícias inverídicas que tanto alvoroço causam entre nosso povo cristão e ordeiro. E peço que Ele derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais a todo o povo brasileiro.

Marco Feliciano é pastor e está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ele também é escritor, cantor e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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