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A “pérola” do ministro Barroso de que há “um cristianismo do mal no Brasil”

Insisto em lembrar que, nesse rótulo, a ilusão salta à vista

Marco Feliciano - 11/06/2021 12h35

Ministro Luís Roberto Barroso, na Comissão Geral para tratar da Reforma Eleitoral Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Em audiência que tratava do tema voto impresso na Câmara dos Deputados, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, defendeu sua bandeira de manter o atual sistema de votação e apuração dos votos nas eleições, ou seja, apenas de modo eletrônico, alegando a segurança e o fato de nunca ter sido provado fraude.

Eu, porém, refuto o argumento raso do ministro, insistindo que a forma atual (de votação e apuração) não nos permite conferir se o voto registrado eletronicamente foi computado de modo correto. Já o comprovante impresso, sim.

A maioria do povo, por intermédio de seus parlamentares, é a favor do voto impresso, o qual produz um documento auditável. Logo, a alegação de fake news contra o Judiciário não se sustenta. Desde quando, a mentira é temerária para quem diz falar a verdade?

Quanto à judicialização nas eleições, é algo próprio da democracia. E, ao contrário do que disse o ministro Barroso, é improvável termos de contar 150 milhões de votos, pois existem formas seguras de amostragem, de acordo com todas as partes envolvidas.

Faço esse preâmbulo sem entrar na fala da deputada Bia Kicis, autora da proposta do voto impresso, porque é coincidente com o que pensa o povo, o verdadeiro dono poder, como prevê a Constituição Federal.

E reservo o final para a “pérola” proferida pelo ministro Barroso de que há “um cristianismo do mal no Brasil”. Isso, na verdade, nem merece registro, mas insisto em lembrar que, nesse rótulo, a ilusão salta à vista. Como o cristianismo, cuja essência é o bem e o amor, pode conter o mal? Isso seria o mesmo que afirmar que o doente está são.

Seguindo essa lógica, poderíamos rotular nossa Justiça de “justiça do mal”. Mas não o fazemos, mesmo que certas decisões dela, criticadas pelos maiores juristas deste país, atinjam negativamente a vida de pessoas. Não o fazemos mesmo que haja inquéritos e prisões de parlamentares apenas por estes emitirem opinião (algo previsto na Constituição que juramos defender) e que essa mesma Justiça, numa febre legiferante, por vezes avance sobre as atribuições das casas da Lei.

O povo cristão aprendeu com o Mestre da Galileia a oferecer a outra face! Contudo, alerto todos de que, na história, os que afrontaram o cristianismo tiveram resposta à altura e muitas vezes amarga.

Finalizo pedindo a Deus que perdoe os que não sabem o que falam e que derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais sobre todos que acreditam que o cristianismo é puro amor!

Marco Feliciano é pastor e está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ele também é escritor, cantor e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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