Marco Feliciano - 16/05/2023 10h34

O jogo, em todas as épocas e locais onde ele é explorado, cria verdadeiros robôs humanos. Pessoas que já acordam pela manhã pensando em um meio de dominar os instrumentos do jogo a fim de obter vantagens. Isso tem sido assim desde sempre.

Infelizmente, em nosso país, quadrilhas, se aproveitando da paixão do brasileiro pelo futebol, se organizaram em empresas de apostas com a finalidade de forjar os resultados dos jogos. Para isso, elas têm subornado jogadores para que facilitem, por meio de jogadas desonestas, penalidades ou expulsões de campo; num verdadeiro acinte ao desavisado torcedor e também ao apostador que, inocentemente, assiste aos jogos e faz suas apostas.

No entanto, em um momento no qual a Polícia Federal investiga esses sites de apostas e o envolvimento de atletas de renome nesse esquema milionário, o governo apresenta uma medida provisória que regulamenta o funcionamento das casas de apostas no país e cria novas regras em relação a patrocínios.

A triste verdade é que onde existe o jogo proliferam as máfias. Portanto, a fiscalização torna-se impossível. Agora, ao criar essa medida provisória concebem um verdadeiro monstro incontrolável. Esse resultado é assim em todo mundo. Para completar, o jogo virtual oferece a facilidade para que menores de idade sejam envolvidos em jogatinas de toda espécie, se aproveitando da inocência de adolescentes que farão de tudo para conseguir dinheiro para sustentar o jogo.

A regulamentação do jogo trará uma aura de legalidade, mas é apenas aparência. No entanto, a intenção do governo com essa medida, me parece, é de aumentar a arrecadação. O que a partir dessa regulamentação será bilionária.

Finalizo sem apresentar uma fórmula para essa equação, pois, não existe. O ideal seria a proibição de qualquer forma de apostas; que, a meu ver, é uma chaga social. Peço ainda que Deus livre nossos jovens do flagelo das apostas e que derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais a todo o povo brasileiro.

Marco Feliciano é pastor e está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ele também é escritor, cantor e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.