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A importância da PEC do voto impresso auditável

Para termos uma verdadeira democracia, tudo começa nas eleições

Marco Feliciano - 05/07/2021 17h13

TSE já apresentou modelo de urna eletrônica com voto impresso Foto: Reprodução

Esta semana é importante para a decisão sobre a PEC do voto impresso na comissão especial criada pela Câmara dos Deputados. Vários partidos de oposição se organizaram contra o voto impresso e estão trocando deputados que são a favor disso por outros que são contra, com o intuito de barrar a PEC já na comissão, evitando o envio dela para o plenário da Câmara.

Para termos uma verdadeira democracia, tudo começa nas eleições. Mas elas devem ser absolutamente justas, livres, transparentes, não deixando sombra de dúvida quanto à lisura das apurações.

Contudo, isto não vem ocorrendo por causa de sérias incertezas causadas pelo sistema de votação eletrônica, com o uso de urnas ultrapassadas de primeira geração, embora já estejam disponíveis urnas de terceira geração, às quais é possível acoplar impressoras para imprimir os comprovantes de voto (que serão guardados em um compartimento inviolável e sem contato direto com o eleitor). Assim, em caso de dúvida, é possível auditar a apuração, comparando o resultado obtido eletronicamente àquele apurado manualmente, tornando mais transparente todo o processo.

Seria coincidência que toda a esquerda, que foi defenestrada nas últimas eleições e caiu em desgraça perante grande parcela da opinião pública, seja agora a ferrenha defensora do modelo atual, hermético e sem a mínima condição de ser auditado?

Não é estranho que a esquerda faça isto com a cumplicidade de ministros do STF, os quais alegam uma judicialização das eleições, embora a Justiça exista para isso e esse tipo de alegação seja a negação da própria Justiça?

Se computadores do Pentágono, nos EUA, e do STJ, no Brasil, já foram hackeados, e se, no próprio STE nas últimas eleições, as apurações parciais foram inexplicavelmente retardadas, como podemos acreditar que o atual sistema não é hermético?

Outro argumento apresentado pelo ministro Barroso, do STF, para se manter o sistema eletrônico atual é o enorme gasto que se teria com a compra das impressoras. Mas isto também cai por terra uma vez que o presidente Bolsonaro afirma que já ordenou que o ministro da Economia disponibilizasse o valor destinado a isto; valor irrisório tendo em vista que se prima pela lisura das eleições que serão apresentadas ao mundo. Vale lembrar que o sistema atual, sem comprovante do voto impresso, só está implantado em três países: Brasil, Bangladesh e Butão, com seus 760 mil habitantes.

Desse modo, conclamo todos a exigir de seus representantes na Câmara dos Deputados a aprovação da PEC do voto impresso, para que seja promovida a solidez da nossa democracia e o nosso país seja livrado do risco de uma eleição fraudada, o que trará graves consequências.

Lembremos do que disse José Dirceu sobre as intenções de seu partido: “Não queremos ganhar uma eleição; queremos tomar o poder”. Além disso, com esse rumoroso caso do tal “Daniel” e de sua chantagem, corremos o risco de ter um enorme tapetão em 2022.

Finalizo pedindo a Deus que ilumine nossos deputados da comissão especial quanto à responsabilidade que está sobre seus ombros.

Que Ele derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais sobre todos democratas de nosso país!

Marco Feliciano é pastor e está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ele também é escritor, cantor e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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