A grande maioria da população é contra o aborto
Governo disciplina as medidas para interrupção da gravidez
Marco Feliciano - 31/08/2020 18h58
Em nosso país, de acordo com pesquisa recente, a grande maioria da população é contra o aborto. Somos um país cristão e o princípio do cristianismo é a valorização da vida desde a concepção. Após a fecundação já se forma uma vida própria, mas totalmente dependente da mãe. Tanto que hoje a ciência reconhece a interligação da mãe com o nascituro de maneira tão efetiva que mães que perdem o bebê carregam sequelas psicológicas durante muito tempo e, em alguns casos, para toda vida.
As nossas casas de leis, Câmara dos Deputados e Senado Federal, têm em seus quadros uma maioria conservadora. Entre essa maioria se incluem nós evangélicos. Portanto, a legalização do aborto não passará, apesar da várias tentativas de inserirem os chamados “jabutis” nas caladas da noite, mas não tiveram sucesso.
As esquerdas, vendo que não conseguem aprovar leis abortivas, não se dão por vencidas. Elas usam o segundo e terceiro escalão da administração pública para flexibilizarem a possibilidade de estender parâmetros para o aborto legal, previsto em lei apenas para casos comprovados de estupro, riscos à saúde da mãe e anencefalia.
NOVA PORTARIA
Muito acertadamente, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, assinou portaria disciplinando as medidas para interrupção da gravidez. Agora é necessário notificar as autoridades policiais em casos de indícios ou confirmação de crime de estupro, assim como colher material do feto e enviar a autoridade policial para futura comparação com material do suspeito do crime de estupro. Além disso, o médicos terão que elaborar um termo de relato circunstanciado com data, hora e local dos fatos narrados.
O que as várias portarias existentes previam era que a palavra da gestante informando o estupro, sem comunicar a autoridade policial, seria o suficiente para embasar todo o procedimento médico invasivo contra a gestante e ao nascituro.
Algumas deputadas abortistas ingressaram com recurso. Elas tentam anular a portaria que obriga médicos a avisarem à polícia para realizar aborto em vítimas de estupro. A atitude, ao meu ver, constata o acerto da medida ministerial. A portaria incomodou tanto os abortistas que, o Jornal Nacional, ao informar sobre a portaria, sem nexo causal, citou que o país é laico. Ora, o assunto religião não fora abordado em nenhum momento, o que configurou um ranço contra cristãos brasileiros.
Finalizo agradecendo a Deus por nos dar forças para lutar pela vida, que Ele derrame às mais escolhidas bênçãos celestiais a todos nascituros.
Marco Feliciano é pastor, deputado federal por São Paulo e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento. |