Marcelo Penido - 25/11/2019 09h15

Quando Eduardo Bandeira de Mello assumiu a presidência do Flamengo, em 2013, a missão não era conquistar títulos, mas preparar o terreno para a construção de uma nova era.

Na ocasião o Flamengo devia cerca de R$ 750 milhões e a exemplo dos demais clubes do Rio de Janeiro oscilava esportivamente, muitas vezes com campanhas para fugir da zona de rebaixamento.

Bandeira deixou claro desde o início do trabalho que o objetivo era “arrumar a casa” e assim o fez.

Foram anos de política austera, com renegociação de dívidas e times medianos.

O torcedor não tinha paciência e era comum ouvir que “pagar dívida não trazia títulos”. Ledo engano.

De lá para cá o Flamengo pagou quase R$ 400 milhões de reais de dívidas, se reorganizou administrativamente, recuperou a credibilidade no mercado e vem quebrando ano após ano seus recordes de arrecadação.

Isso permitiu que a atual gestão, comandada por Rodolfo Landim, investisse alto na contratação de uma verdadeira seleção: de Rafinha à Gabigol, o Flamengo trouxe em 2019 oito dos 11 titulares, além do técnico Jorge Jesus.

Esse ambiente proporcionou um dos capítulos mais marcantes dos 124 anos do clube, a conquista do bicampeonato da Libertadores da América e do heptacampeonato do Brasileirão.

Antes disso apenas o Santos de Pelé havia vencido a Libertadores e o principal torneio nacional, antiga Taça Brasil, no mesmo ano, mas nem o time do Rei conseguiu as duas conquistas em dois dias seguidos.

2019 ficará lembrado como um dos mais importantes da história Rubro-negro e pode terminar de forma apoteótica se o Flamengo conseguir o tão sonhado bicampeonato mundial.

Marcelo Penido é jornalista especializado em Gestão, Marketing e Direito Esportivo com passagens pelas rádios CBN, Globo e Tupi e pela TV Band News. Filho do locutor Luiz Penido, nasceu no meio do futebol e é apaixonado pelo esporte. Nesse espaço vai falar sobre o dia a dia dos principais clubes do Brasil.