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Um governo que não corta gastos, não promove reformas e prefere empurrar a conta para a sociedade

Magno Malta - 04/07/2025 09h24

Lula em campanha para a taxação de super-ricos Foto: Ricardo Stuckert / PR

O Brasil atravessa um momento delicado, em que os cidadãos precisam, mais do que nunca, manter os olhos abertos. A sanha arrecadatória do atual governo não conhece limites. A obsessão por impostos atingiu um novo patamar com a tentativa frustrada de aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) por meio de decretos. Felizmente, o Congresso Nacional reagiu e derrubou a medida. Mas a história não termina aí. O governo agora judicializou o caso, insistindo em manter sua máquina de cobrança a qualquer custo.

Essa postura revela a verdadeira face desse “Governo Gastão”: uma gestão que não corta gastos, não promove reformas e prefere empurrar a conta para a sociedade. E aqui está o ponto central: essa conta não chega aos ricos, como querem nos fazer acreditar. Ela pesa nas costas do trabalhador, do microempreendedor, do cidadão que sobrevive com um salário mínimo.

O aumento do IOF, por exemplo, encarece o crédito, o financiamento de um eletrodoméstico, o empréstimo para abrir um pequeno negócio ou mesmo o parcelamento de uma dívida. Ou seja, penaliza diretamente os mais pobres.

Mesmo assim, o governo insiste em narrativas enganosas. Tenta vender a ideia de que vai taxar os ricos para ajudar os pobres, como se essa equação fosse simples e direta. Na prática, o que se vê é exatamente o oposto: aumento do custo de vida, inflação nos itens básicos, combustíveis em alta e serviços públicos cada vez mais sucateados.

Diante da reação legítima do Congresso ao barrar o aumento de imposto, o governo levou o caso à Justiça. E quem interferiu nessa questão foi o advogado-geral da União, o notório “Bessias”. Sim, aquele mesmo das gravações com Dilma Rousseff, que correu ao aeroporto com uma nomeação para tentar livrar Lula da prisão. Agora, esse personagem ressurge como um oráculo jurídico, agindo como se soubesse mais do que os 513 deputados federais e 81 senadores que já decidiram sobre o IOF.

É uma afronta institucional. Uma ofensa à inteligência do Parlamento e, mais grave ainda, uma violência silenciosa contra os brasileiros mais pobres. São eles que, de fato, sentem no bolso o peso dessas decisões. Você sente quando vai ao mercado. Quando abastece o carro. Quando paga a conta de luz. Quando tenta empreender ou renegociar uma dívida.

O que temos é um governo que não administra. Apenas arrecada. Mas não entrega o essencial para a população. E quanto mais impõe impostos, mais gasta. E o pior: gasta mal.

Enquanto isso, a conta continua chegando. E ela não bate à porta do Palácio. Bate à sua.

Magno Malta é senador da República. Foi eleito por duas vezes o melhor senador do Brasil.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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