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Mercedes-AMG, sempre surpreendente

As competições automobilísticas e a Mercedes-Benz formavam um par perfeito.

Leandro Sauerbronn - 14/09/2017 11h10

Mercedes-AMG / Foto: Divulgação

Amigo entusiasta, hoje venho falar da AMG, hoje divisão da primeira de todas as marcas, a Mercedes-Benz. Um tempinho atrás, para ser mais exato em 1871, foi criada a Benz & Cia por Karl Benz, em 1886. A Senhora Bertha Benz rodou mais de 100 km com o Patent Motorwagen, considerado o primeiro carro moderno. De lá para cá, houve muitas inovações utilizando o velho e bom Ciclo Otto e também no Ciclo Diesel.

A empresa sobreviveu ao final da Guerra Franco-Prussiana, além das duas Grandes Guerras, se juntou com o grupo Daimler. Sempre se reinventando, estabeleceu recordes na F1 com o grande piloto Juan Manuel Fangio em 1954, ganhou tudo quanto é tipo de competição com as quatro rodas, mostrando que as competições automobilísticas e a Mercedes-Benz formavam um par perfeito.

Em 1964, dois colegas, Hans Werner Aufrecht e Erhard Melch, começaram a preparar um modelo da Mercedes para correr na Autobahn (estrada dos sonhos para a maioria dos fãs de velocidade). Enquanto trabalhavam na divisão esportiva dentro da fábrica, foi quando a decisão de acabar com a divisão pela diretoria os pegou de surpresa. Mas eles não desanimaram; os dois compraram o motor em que estavam trabalhando e continuaram a trabalhar de casa depois do expediente.

Com algumas modificações no projeto, o motor de 6 cilindros saltou de 160 cv para 240 cv, o mesmo motor do modelo 300SE. Sendo inscrito na temporada de Turismo, antecessora da atual DTM, venceu 10 etapas e conquistou o título. A fama se espalhou entre os preparadores, e o resto da história você já imagina. Saíram da Daimler Mercedes-Benz e fundaram a sua empresa, que seria a junção dos seus nomes a AMG em 1967.

Em 1987, a Daimler Mercedes-Benz fez uma parceria para começar a produzir esportivos, digamos, mais apimentados. Vinte anos depois que saíram da empresa foram muitos modelos, e cada um merece uma matéria específica.

Mas o modelo sobre o qual venho falar aqui foi apresentado no Salão de Frankfurt esta semana, o Mercedes-AMG Project One. Eu não sou nada fã dos elétricos, mas ela foi usada com maestria neste modelo híbrido, utilizando tecnologia parecida com a da F1. Esse novo hipercarro já está na minha lista dos grandes carros.

São mais de 1000 cv produzidos por um motor V6 de 1.6 litros turbo, chegando a incríveis 11 mil RPM junto com 4 motores elétricos acoplados nas rodas traseiras com um sistema de 800 V, quase o dobro utilizado nos carros elétricos atuais; transmissão automatizada de 8 marchas – em 6s ultrapassa os 350 km/h. Reutiliza a energia da frenagem assim como os F1, freios de carbono, aros 20 na traseira e 19 na dianteira.

Serão 275 sortudos que pagarão 2,27 milhões de dólares para ter um. Com certeza, em pouco tempo, esse valor ultrapassará a casa dos 10 milhões nos futuros leilões espalhados pelo mundo, assim como foi com o McLaren F1 nos anos 90.

A mim só resta sonhar…

Pé no porão!


Leandro Sauerbronn é aficionado por carros e motores; possui ferrugem e gasolina nas veias desde de nascença; começou a estudar o automóvel muito cedo, ainda criança. Hoje se tornou restaurador, customizador e educador; ensina a nobre arte da mecânica em seu curso.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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