Comendador Enzo Ferrari – Parte Final
O mito das competições automobilísticas
Leandro Sauerbronn - 13/12/2017 11h20
Semana passada comecei a contar para vocês um pouco da história de Enzo Ferrari, um apaixonado por carros, pelas corridas e fundador da marca mais icônica de carros do mundo. Hoje concluo essa história.
Enzo Ferrari com sua Scuderia própria
Em 1947, a Ferrari criou uma versão monoposta do seu 125S, utilizando o mesmo motor: o V12 de 1,5 litro, com um compressor mecânico que deixava o motor com 230 cv. Esse carro competiu de 1948 a 1952, inclusive, na primeira temporada da F1, em 1950.
Enzo montou um grupo de excelentes pilotos, dentre eles, Alberto Ascari, Froilán González e Juan Manuel Fangio que deram o primeiro campeonato à Ferrari em 1952.
Em 1953, a Ferrari estreiou no WSC (World Sportscar Championship). Realmente os anos 50 foram da Ferrari. No WSC a scuderia ganhou os títulos de 53, 54, 56, 57 e 58 e na F1: 52, 53, 56 e 58.
Em 1956, Enzo Ferrari perdeu seu filho Alfredo (Dino) com 24 anos de idade, ele sofria de distrofia muscular. Dino era engenheiro e começou um projeto de um motor V6 de 1,5 litro, que ficou pronto somente após a sua morte. Depois dessa perda, Enzo Ferrari passou a ser mais fechado e triste para o resto da sua vida.
A Ferrari continuava tendo muitas vitórias sucessivas aliada ao sucesso dos carros de rua, mas enfrentava problemas financeiros, pois quase todo o dinheiro ia para as competições. Foi nessa época que Enzo procurou a Ford para realizar uma parceria. No entanto, ao perceber que perderia o controle da empresa, Enzo desfez a negociação e logo depois vendeu 50% do capital a FIAT que aceitou manter a Scuderia independente.
Nos anos 70, a Ferrari voltou a se destacar nas pistas e na F1, principalmente com o piloto austríaco Niki Lauda. Enzo Ferrari o contratou na temporada de 74, vencida por Emerson Fittipaldi. Já no ano seguinte Lauda deu o título à Ferrari, repetindo o feito em 77. Em 79, Jody Scheckter ganhou novamente o título para a Ferrari.
Nos ano 80, a Ferrari não teve tanto sucesso nas pistas, mas os modelos de rua ficaram cada vez mais caros e rápidos, como os modelos Ferrari 288 GTO, Ferrari Testarossa e a Ferrari 308 GTS. Em 88, para comemorar os 40 anos da marca o F40 foi o último modelo que Enzo Ferrari viu.
Enzo Ferrari sofria de uma doença crônica nos rins, e em 14 de agosto de 88, com 90 anos de idade, o Comendador morreu em Maranello, Itália. Porém, a trajetória de Enzo Ferrari mudou completamente as competições e os carros que conhecemos.
Abraços e pé no Porão!
Leandro Sauerbronn é aficionado por carros e motores; possui ferrugem e gasolina nas veias desde de nascença; começou a estudar o automóvel muito cedo, ainda criança. Hoje se tornou restaurador, customizador e educador; ensina a nobre arte da mecânica em seu curso. |
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