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Carro elétrico é o melhor para o meio ambiente?

Existe até um Projeto de Lei querendo proibir o uso de carros movidos a gasolina e diesel no Brasil

Leandro Sauerbronn - 25/10/2017 10h30

Já sabemos que o combustível de origem fóssil é finito, que é poluidor também já sabemos; mas você sabe de onde vem a energia elétrica usada na sua casa?

Nota-se que há, cada vez mais, políticas restritivas ao uso de combustíveis fósseis, por parte do Estado, em vários países. Mas será que isso definirá o que você deve ou não usar no seu carro?

Aqui, em nosso país, tínhamos o orgulho da maior parte da nossa energia vir de hidroelétricas, apesar do imenso custo ambiental que ela proporciona ao alagar, gerando muito metano por causa da vegetação encoberta. E é um fato, existem casos de usinas serem mais poluidoras que termoelétricas.

Veja aqui matéria sobre

Vamos aos dados de 2016 – Fonte ANEEL

E levando em conta que a porcentagem das termoelétricas aumenta quando há estiagens, que foi o caso de 2017, o principal produto utilizado nas termoelétricas aqui no Brasil é o Gás Natural e, em alguns casos, o óleo pesado, como os navios, ou o carvão mineral; ambos extremamente poluidores.

A geração de energia nuclear no Brasil estagnou e foi ultrapassada pela eólica, ambas com seus prós e contras, mas as duas ainda são bem tímidas e, por enquanto, num valor bem baixo no total gerado.

Outro fator é o material usado na bateria: o lítio-íon. Aí temos três problemas, seu descarte, por ser um material poluidor; péssima eficiência; e também ser uma fonte finita que o Brasil terá que importar.

Sem contar com a mão pesada do Estado nos impostos, chegando ao cúmulo de uma gasolina exportada para a Bolívia ser menos de 1/3 do preço que nós pagamos por ela na bomba.

Matéria sobre o desafio das baterias – Folha de São Paulo

Sabemos que o carro elétrico não é nenhuma novidade. Desde o século 19, quando os carros começaram a ser populares, a energia elétrica era vista como mais uma fonte para os mesmos. Porém, a tecnologia e os custos foram deixados de lado em prol dos carros movidos com combustíveis fósseis.

Inventor americano Thomas Edison (1847 – 1931) com seu primeiro carro elétrico [Edison Baker]. (Foto – General Photographic – Agência/Getty Images)
Elefant (Jagdpanzer) – Híbrido feito por Ferdinand Porsche com motor diesel Maybach de 296 cv que alimentava dois geradores elétricos que forneciam energia para os motores elétricos ligados às rodas

Por aqui, nos anos 70, a fabricante de automóveis Gurgel criou dois modelos elétricos que não chegaram a ser comercializados. O Itaipu-Gurgel feito em cima do chassi de um Gurgel G-800 e um mini elétrico o Gurgel Itaipu E150/II.

Gurgel Itaipu

 

Gurgel Itaipu E150/II

Se for pela geração de energia não é vantagem usar carros elétricos. Mas, acredite, existe até um Projeto de Lei de um senador do Piauí que quer proibir a circulação de carros com diesel ou gasolina até 2040.

Creio que o Estado não deve interferir no que você quer ou não usar como combustível, principalmente quando não há grandes vantagens assim. Seria um lobby novo como vimos aqui no Brasil durante o governo do Presidente Juscelino Kubitschek? Esse lobby praticamente acabou com as ferrovias do país em prol dos carros. E quem ganha ou ganhará com isso no futuro?

Projeto de Lei no Senado

Uma coisa que temos aqui e funciona, pois sua poluição é compensada pela área cultivada para a sua produção que é bem barata, se chama ÁLCOOL; ou agora ficou metida e a chamam de Etanol.

Por quais motivos essa produção não está dando conta da demanda? Por que há tantos impostos para a produção, distribuição e vendas de todos os combustíveis? Basta o preço do açúcar subir que o etanol fica prejudicado?

Um país que possui a maior área cultivável do mundo não poderia ser suficiente na sua produção de combustível etanol? Mas, meu amigo, as coisas por aqui são feitas para complicar, para serem burocratizadas ao extremo e sempre prejudicando você, consumidor final.

De forma alguma o carro elétrico é o vilão sozinho, mas também não é tão inocente assim. Espero em pouco tempo estar produzindo álcool, no meu sítio, em um velho alambique, para meus carros. Se proibirem a gasolina, viro um rebelde e creio que muitos leitores também serão.

Abraços e Pé no Porão!

Leandro Sauerbronn

Leandro Sauerbronn é aficionado por carros e motores; possui ferrugem e gasolina nas veias desde de nascença; começou a estudar o automóvel muito cedo, ainda criança. Hoje se tornou restaurador, customizador e educador; ensina a nobre arte da mecânica em seu curso.

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