Refutando a fala de Lula sobre genocídio em Gaza
O atual presidente do Brasil é considerado persona non grata por Israel
Lawrence Maximus - 03/06/2025 13h26

Recentemente, Lula afirmou, de novo, que, o que está ocorrendo na Faixa de Gaza é um “genocídio”. Este artigo busca refutar a ideia de que o conflito em Gaza constitui um genocídio, apresentando argumentos baseados em fatos, análises imparciais e a legislação internacional.
O que é genocídio?
Antes de qualquer análise, é essencial compreender o conceito de genocídio, conforme definido pela Convenção para a Prevenção e a Punição do Crime de Genocídio (1948), da qual o Brasil é signatário. A chave para a definição de genocídio é a intenção específica de destruir um grupo.
Não basta haver mortes ou sofrimento; é necessário provar que há um plano deliberado e sistemático para exterminar um grupo por sua identidade – ou seja, qual lado representa essa descrição?
Contexto histórico e político do conflito
O conflito entre Israel e Palestina remonta a décadas, com raízes profundas em disputas territoriais, religiosas e políticas.
A Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, tornou-se um ponto crítico deste embate. O Hamas, classificado como organização terrorista por diversos países, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, tem como objetivo explícito a destruição do Estado de Israel. Seus ataques frequentes com foguetes contra civis israelenses são amplamente documentados.
Em resposta, Israel realizou operações militares, muitas vezes criticadas. Portanto, o conflito não pode ser reduzido a uma narrativa unilateral. Ele envolve uma dinâmica de confronto armado entre duas partes, cada uma com suas responsabilidades e violações.
Dados sobre vítimas e proporcionalidade
Um dos principais argumentos usados para justificar a acusação de genocídio é o número elevado de vítimas palestinas em comparação com as vítimas israelenses. No entanto, números isolados podem ser enganosos sem um contexto adequado. É importante destacar que baixas civis, embora lamentáveis, não configuram automaticamente genocídio. É necessário demonstrar intenção específica de destruir os palestinos, algo que ainda não foi provado neste caso.
Ao contrário, existem indícios de que Israel visa neutralizar ameaças específicas, como o Hamas e outros grupos terroristas. Além disso, Israel tem permitido a entrada de ajuda humanitária em Gaza, mesmo em meio a operações militares.
Violações e responsabilidade compartilhada
Em toda guerra, ambas as partes envolvidas no conflito cometem violações. Enquanto Israel é criticado por ataques que resultam em vítimas civis, o Hamas usa civis como escudos humanos, lançar foguetes indiscriminadamente contra áreas habitadas e reprimir dissidentes dentro de Gaza.
Chamar o que ocorre em Gaza de “genocídio” desconsidera a complexidade do conflito e atribui toda a responsabilidade a uma única parte. Isso pode prejudicar esforços diplomáticos e perpetuar a polarização, em vez de buscar soluções construtivas.
Conclusão
Reduzir o conflito israelense-palestino a uma narrativa de genocídio não só ignora o contexto histórico e político, como também desvia o foco das verdadeiras soluções necessárias: diálogo, negociação e respeito mútuo. O uso indevido do termo “genocídio” pode banalizar um crime gravíssimo e minar a credibilidade de quem o utiliza.
Por fim, lembro-me das palavras do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu ecoando:
– Lula é um antissemita virulento!
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Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel. |
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