O fetiche do governo Lula em não reconhecer o CV como grupo terrorista
Para o atual presidente, traficantes são apenas vítimas dos usuários...
Lawrence Maximus - 31/10/2025 14h32

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), usou o termo “narcoterrorismo” ao anunciar a maior operação da história contra a facção criminosa Comando Vermelho na última terça-feira (28). A expressão, no entanto, é contestada pelo governo Lula.
Em maio, representantes do governo Donald Trump reuniram-se com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) da gestão Lula (PT) e ouviram que, para o Brasil, facções como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) não podem ser classificadas como organizações terroristas, e sim como criminosas.
Na ocasião, os técnicos norte-americanos disseram aos brasileiros que defendem a classificação de organizações criminosas transnacionais como terroristas e citaram nominalmente PCC e CV.
Preocupações institucionais
A Polícia Federal e o Itamaraty se opõem à equiparação das facções a grupos terroristas por receio de que isso abra caminho para sanções internacionais dos Estados Unidos, como já ocorre com países como o Irã.
Os EUA, sob a gestão Trump, já haviam pressionado o Brasil a adotar essa classificação – mas de forma obscura e controversa, Lula nega com muita veemência!
Iniciativas legislativas
Há um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados, inicialmente relatado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e depois repassado a Guilherme Derrite (PP-SP), atual secretário de Segurança de São Paulo, que busca alterar a Lei Antiterrorismo brasileira para incluir organizações como o PCC e o CV na definição de terrorismo.
Apoio político à visão de Castro
Governadores de orientação de direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG), endossaram a ideia de classificar essas facções como terroristas, especialmente após episódios violentos ligados ao PCC em São Paulo.
É importante ressaltar o exemplo do Paraguai: o presidente Santiago Peña declarou as facções criminosas Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital como “organizações terroristas internacionais”.
Mas, para Lula, traficantes são apenas vítimas dos usuários…
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Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel. |
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